Taxa do cheque passou de 317,9% ao ano, em fevereiro, para 322,7%, em março e, a do cartão, de 295,5% ao ano, em fevereiro, para 299% ao ano, em março.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito voltaram a subir em março, informou o Banco Central nesta sexta-feira (26).
No caso do cheque especial, a taxa foi de 317,9% ao ano, em fevereiro, para 322,7% ao ano, em março. Foi a quinta alta seguida na taxa.
Já os juros do cartão de crédito passaram de 295,5% ao ano, em fevereiro, para 299% ao ano, em março. Foi a quinta alta seguida.
Esse movimento de alta nas taxas das duas modalidades de crédito acontece em um momento de estabilidade dos juros básicos da economia, a chamada taxa Selic, que vem sendo mantida pelo Banco Central em 6,5% ao ano, mínima histórica, desde março do ano passado.
O movimento ocorre também em meio às dificuldades do governo para aprovar a reforma da Previdência e em adotar medidas para fazer a economia brasileira crescer em ritmo mais acelerado e gerar mais empregos.
A inadimplência, que é levada em consideração pelas instituições financeiras na hora de definir as taxas de juros dos empréstimos, também subiu um pouco em março.
No caso das pessoas físicas, a inadimplência subiu de 3,3% para 3,4%. Entre pessoas jurídicas, foi de 2,4% para 2,5%.
O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser usado pela pessoa que consegue pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Para usá-lo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.
O cheque especial é uma linha emergencial que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta.
Por Fábio Amato, G1