O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), pediu que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não bloqueie 30% da verba das universidades e institutos federais de educação. O recuo ocorreu após pressão de lideranças do Centrão, que se reuniram com o chefe do Executivo na tarde desta terça-feira (14/05/90).
Os deputados do bloco também se uniram à oposição e impuseram uma derrota ao governo federal, convocando ministro da Educação a prestar esclarecimentos contra o contingenciamento dos recursos nesta quarta-feira (15/05/2019) no plenário da Câmara.
Estavam no Planalto nesta tarde líderes dos partidos Novo, PV, Podemos, Cidadania, PSC, Pros e Patriota. Deputados usaram como moeda de troca para negociar apoio com o governo o orçamento integral para a Educação.
Telefonema na véspera de protestos
O líder do Podemos na Câmara, deputado José Nelto (GO), contou ao Metrópoles que o presidente ligou para o chefe da pasta da Educação enquanto se reunia com os deputados, ordenando a suspensão do contingenciamento dos recursos para as instituições federais. O recuo ocorre às vésperas das manifestações contra o enxugamento do orçamento, previsto para esta quarta-feira (15/05/2019) em todo o país.
“O objetivo era pacificar a Casa e mostrar para as pessoas que estarão amanhã nas ruas que o Congresso não quer tirar dinheiro de educação e saúde”, afirmou José Nelto. “O ministro tentou contra-argumentar, mas não tem conversa”, completou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO). O deputado afirmou que o valor contingenciado não será cortado em outra pasta.
Metrópoles