Servidores da Educação recebem capacitação sobre hanseníase

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A Prefeitura de Sinop, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu durante a manhã da última sexta-feira (28) uma capacitação para aproximadamente 200 servidores da Rede Municipal de Educação. O evento foi realizado no auditório da Câmara Municipal, pela equipe do Centro de Hanseníase.

De acordo com a prefeita Rosana Martinelli, desde o início da gestão os trabalhos preventivos e a busca por possíveis portadores da doença foram intensificados. “Sabemos [gestão] que a única forma de controlar os índices da doença é diagnosticando e tratando os munícipes contra o bacilo. Por isso, demos toda a estrutura necessária para equipe de hanseníase trabalhar, inclusive uma sede nova, e, em contrapartida, os resultados têm sido excepcionais”, frisa a gestora.

Conforme a enfermeira e coordenadora do Centro de Hanseníase, Maria Auxiliadora Freitas Souza, o trabalho de prevenção e de avaliação física está sendo frequente nas escolas, empresas e nas Unidades Básicas de Saúde. “A única forma de bloquear o crescimento no número de pessoas contaminadas é identificando-as para, posteriormente, tratá-las e assim evitar que elas transmitam para outros munícipes. Com o tratamento, a transmissão é interrompida de 48 a 72 horas”, esclarece.

Conforme dados da Secretaria de Saúde, somente em 2019, já foram identificados 380 novos casos de Hanseníase. Número que mostra o bom desempenho de toda a equipe da saúde municipal. “No caso da hanseníase, o aumento no número de novos casos não é ruim porque mostra o quanto estamos trabalhando para identificá-los. Muita gente tem a doença, mas não sabe e o nosso intuito é tratá-los, de preferência precocemente, para que eles não tenham sequelas”, complementa Auxiliadora.

Os índices mostram que a saúde municipal de Sinop identificou e tratou de 543 novos casos em 2017 e 739 em 2018. Atualmente, estão em tratamento em torno de 700 pacientes. Segundo a coordenadora, o exame de hanseníase é clínico, não precisa ter manchas para ser detectada, e quando essas são encontradas, realizam-se os testes térmico, tátil e doloroso. “Nervos espessados também são um alerta para a doença e, em casos mais avançados, a pessoa para de sentir dor porque está com a imunidade muito baixa. Quando isso ocorre a pessoa, infelizmente, já tem sequelas”, esclarece Maria Auxiliadora.

Os tratamentos ofertados são os Paucibacilares, com duração de seis meses, e os Multibacilares, que é o mais diagnosticado, inclusive em crianças, e dura aproximadamente um ano. Pessoas contaminadas, em estado avançado, sem tratamento, transmitem pelo sistema respiratório enquanto falam, tossem ou espirram.

Autor: Simone Casagrande
Fonte: Assessoria da Prefeitura