O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (5/8) a indicação do procurador Augusto Aras para procurador-geral da República. A indicação ainda precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e aprovado pelo Plenário da Casa.
Augusto Aras é subprocurador-geral da República e um dos membros mais antigos do Ministério Público Federal. Ingressou na carreira ainda antes da Constituição de 1988, quando o MPF acumulava as funções de defesa do Estado e do governo. Se aprovado pelo Senado, ele substituirá Raquel Dodge no comando do MPF, do MP do Distrito Federal, do MP do Trabalho e do MP Militar. O mandato de Dodge termina este mês.
Bolsonaro disse a jornalistas nesta quinta que confia na capacidade de Aras de mediar os conflitos entre agricultores e defensores do meio ambiente — a defesa do meio ambiente é uma das funções constitucionais do Ministério Público. “Já estou apanhando da mídia, e isso é bom”, disse o presidente.
Aras não se candidatou pela lista da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Ele é um crítico do sistema, que se tornou prática corrente em 2003, quando o então presidente Lula indicou Cláudio Fontelles, o mais votado numa eleição da ANPR, para PGR. Para Augusto Aras, essa lista provoca politização e leva os aspirantes a PGR a fazer campanhas políticas e promessas corporativistas aos colegas, conforme disse em entrevista à ConJur.
Fonte : Conjur