Equipe de saúde bucal realiza trabalho educativo e de avaliação na Apae

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Acompanhamento é realizado anualmente e só em casos excepcionais o tratamento será feito na Capital

(Foto: Ascom Prefeitura/Neri Malheiros)


Os mais de 200 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) passaram por uma triagem odontológica e receberam orientações e kits de higiene distribuídos por duas equipes de saúde bucal da Secretaria Municipal de Saúde que visitou a Escola Renascer nos períodos matutino e vespertino desta quinta-feira, 26. Realizada anualmente, a atividade reforça os cuidados preventivos adotados pelos próprios profissionais da instituição.

Formada por duas dentistas, três auxiliares e uma técnica de saúde bucal, as equipes foram de sala em sala destacando a importância de cuidar da boca para não só para ter os dentes saudáveis, como também para evitar outros tipos de doenças corporais. “A gente saiu do consultório odontológico para trabalhar com os alunos especiais e com os professores desses alunos. Estamos focando hoje mais na prevenção, na orientação de escovação e de higiene bucal para que todos saibam como fazer e também para que esses professores sirvam de multiplicadores desses conhecimentos para os pais desses alunos”, explica a dentista Fabíola Paludo, integrante de uma das equipes.  

A prevenção, segundo ela, faz toda a diferença para evitar dores e garantir uma melhor qualidade de vida para pessoas que geralmente apresentam mais de um tipo de limitação. “É preciso focar na prevenção e na higiene bucal em casa porque estamos lidando com pessoas que muitas vezes têm dificuldade de locomoção até uma unidade de saúde e até de aceitar um tratamento que exige que fiquem deitadas numa cadeira de dentista por um longo tempo”, destaca.

Depois de passarem por uma avaliação bucal, os alunos que precisarem de tratamento odontológico serão encaminhados para as unidades locais e aqueles que não puderem ser atendidos no próprio município deverão receber atendimento preventivo, restaurador e reabilitador no Hospital Geral Universitário (HGU) e no Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), em Cuiabá.  

Muito participativa durante a visita à sua sala de aula, a aluna Andréia Borges, de 28 anos, que frequenta a escola desde pequena, disse que cuida da higiene bucal logo após acordar e depois de todas as refeições diariamente. “Faço isso porque é muito bom para a saúde dos meus dentes e até uso fio dental porque eu amo muito o meu sorriso”, conta.

Segundo a auxiliar de sala Neide Madeiro, por conta do grau mais acentuado de deficiência de alguns alunos, há necessidade de trabalhar repetidamente com as orientações sobre higiene bucal. “No início do ano foi encaminhado um projeto sobre higiene bucal e sempre precisamos estar ensinando, repetindo e lembrando os alunos sobre como devem fazer. Diferentemente da maioria, a Andréia tem uma facilidade muito grande de absorver o que é passado nas salas de aula”, relata.

A necessidade de atenção especial faz com que o atendimento por sala de aula seja de no máximo 12 alunos. Formada em Pedagogia e com especialização em Educação Especial, a professora Carla Marine Ernzen destaca que os cuidados preventivos incluem palestras, ações conjuntas para mostrar como fazer a higienização e até mesmo o uso de alguns apetrechos feitos com materiais recicláveis para facilitar o aprendizado. “A dificuldade de memorização de alguns exige que a gente esteja todo dia repetindo certas coisas e com a higiene bucal não é diferente”, ressalta.  

Fonte : ASCOM / LRV