Mais de 40 mil pessoas – um número recorde – manifestaram-se hoje (27) em frente ao parlamento da Nova Zelândia para lançar a greve mundial pelo clima.
Em Wellington, capital do país, juntaram-se crianças com uniforme escolar, adolescentes e velhos ex-combatentes, entre cartazes onde se liam mensagens como “Nós faltamos à escola para vos ensinar” ou “Negação = Morte”.
Em outro cartaz, lia-se simplesmente “O que a Greta disse”, em referência ao discurso de segunda-feira (23) passada da jovem sueca Greta Thunberg, ativista pelo clima, nas Nações Unidas.
“Como se atrevem?” foi a mensagem da ativista aos líderes mundiais, criticando o que considera a inação política face às alterações climáticas.
Indignação
Um dos manifestantes, James Capie, de 13 anos, disse que partilha o mesmo sentimento de indignação de Greta Thunberg e garantiu que continuará a protestar até ver satisfeitas as suas exigências.
“As pessoas têm o direito de estar zangadas. A minha geração não devia ter que faltar à escola”, declarou.
Michael Alspach, de 37 anos, participou da manifestação com a sua filha de 17 meses, Ella, dizendo que não seria capaz de olhar a menina nos olhos se não fizesse tudo para garantir o seu futuro.
Esperança
“É ótimo ver aqui com tanta gente. Mudar de perspectiva é a primeira etapa, as ações vêm depois das ideias e tenho esperança”, afirmou.
Há uma semana, mais de quatro milhões de pessoas mobilizaram-se em todo o mundo para uma “Sexta-feira pelo futuro”, o movimento de greve estudantil lançado há um ano por Greta Thunberg.
Portugal também se mobiliza hoje pelo clima, com múltiplas iniciativas associadas a uma greve geral, às aulas, ao trabalho e ao consumo, numa tentativa de envolver a sociedade na defesa do planeta, incentivada pelos jovens.
Cerca de 170 países organizaram mais de seis mil eventos através das redes sociais e iniciativas da sociedade civil.
Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal)
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