Os protestos contra o governo prosseguem em Hong Kong, um dia depois do anúncio, feito pela chefe do Executivo, Carrie Lam, do arquivamento definitivo do controvertido projeto de lei de extradição.
Nessa quinta-feira (5), a chefe do Executivo do território semiautônomo recebeu mais uma vez a mídia para pedir diálogo aos manifestantes. Carrie Lam afirmou: “Precisamos encontrar meios de resolver o descontentamento na sociedade e buscar soluções.”
Ela defendeu a decisão de arquivar o projeto, argumentando que atendeu a todas as reivindicações do movimento.
Lam concedeu a entrevista coletiva enquanto alguns alunos de escolas do segundo ciclo do fundamental e do ensino médio formavam uma corrente humana antes das aulas. Eles prometem se manter unidos e continuam a exigir do governo o atendimento de todas as suas demandas.
Mesmo após o anúncio feito por Lam de abandono do projeto, continuam os confrontos entre a polícia e manifestantes.
Desencadeador de meses de protestos, o projeto de lei de extradição autorizava o envio de acusados de crimes para julgamento na China continental. Contudo, os manifestantes também querem mudanças mais abrangentes, incluindo a renúncia da chefe do Executivo.
A imprensa de Hong Kong apresentou diferentes interpretações do anúncio de Carrie Lam. O jornal Ta Kung Pao, pró-China, afirmou que Lam ofereceu um ramo de oliveira, enquanto o The Apple Daily, crítico de Pequim, concluiu que a governante simplesmente retirou uma má legislação e ignorou mais quatro reivindicações fundamentais.
Por NHK*
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