Artistas que usam o Rock in Rio como palco para narrativas politicamente corretas são, no mínimo, hipócritas
Um balanço realizado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), estatal vinculada à prefeitura carioca, aponta que foram recolhidas 34 toneladas de lixo no primeiro dia do festival Rock in Rio. Deste total, 31 toneladas foram retiradas do interior da Cidade do Rock e o restante na área externa do local do evento.Continua depois da publicidade
Os resíduos recicláveis, que somam quase 13 das 34 toneladas de lixo, estão sendo destinados às cooperativas de catadores credenciadas ela Comlurb nas centrais de triagem nos bairros de Irajá e Bangu.
É a segunda edição que a estatal municipal é contratada pela produção do Rock in Rio para executar o serviço de limpeza. Foram disponibilizados 1.143 garis.Continua depois da publicidade
A Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do município (Subvisa) também divulgou relatório dos seus trabalhos no primeiro dia evento.
Foram realizadas 65 fiscalizações e quatro estabelecimentos terminaram multados. Uma das autuações foi por alimento sem procedência identificada, que resultou no descarte de 10 quilos de pães.Continua depois da publicidade
Outras duas irregularidades apuradas dizem respeito a falta de ponto de água e ausência de lavatório para os trabalhadores. A quarta multa foi aplicada em um restaurante que tinha funcionários que não passaram pelo curso gratuito de capacitação de higiene para manipulação de alimentos, como exige a legislação municipal.
A Subvisa informou que o número de infrações foi inferior ao do primeiro dia do último Rock in Rio, ocorrido em 2017, mas não deu detalhes de quantos estabelecimentos foram autuados na ocasião.
Comentário:
Nada melhor do que os fatos para revelar o quanto discursos “politicamente corretos” são falsos ou, no mínimo, assentados em hipocrisia. Muitos participantes do evento aproveitam a visibilidade para criticar decisões acerca do meio ambiente, por exemplo, mas fazem isso lucrando milhares e até milhões através de um evento 100% capitalista que em apenas um dia gera toneladas de lixo.
Aliás, vale destacar que o próprio Rock in Rio é um embuste por si mesmo, visto que está longe de fazer jus ao próprio nome. Sua natureza sempre foi e continua sendo a exploração comercial através da música, sem qualquer compromisso com os valores da identidade musical do bom e velho Rock and Roll.
Por: Opinião Crítica
Fonte: Agência Brasil / Comentário: Will R. Filho