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Desastre que vem do mar: saiba mais sobre o óleo que chega às praias do Nordeste

Mais de 40 dias depois que apareceram as primeiras manchas de óleo no litoral nordestino, foram recolhidas somente nesta sexta-feira, em seis praias pernambucanas, 20 toneladas de óleo

Mais de 40 dias depois que apareceram as primeiras manchas de óleo no litoral nordestino, foram recolhidas somente nesta sexta-feira, em seis praias pernambucanas, 20 toneladas de óleo, cuja origem segue desconhecida. O vazamento, que já atingiu 2,1 mil quilômetros dos nove estados da região, foi classificado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o maior desastre ambiental da costa brasileira. Pressionado pelas autoridades locais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, virá ao Estado na próxima terça-feira. Na praia dos Carneiros, onde foi retirado metade do volume detectado, a população se mobilizou num esforço para despoluir os corais, a areia e os estuários dos rios afetados. Enquanto os impactos ainda são analisados, o trabalho está longe de acabar.

Óleo nas praias de Pernambuco – Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Pernambuco sofre as consequências do maior desastre ambiental de todos os tempos no litoral brasileiro. Vinte toneladas de óleo foram recolhidas ontem nas praias do Litoral de Pernambuco. Além disso, 600 litros do produto foram retirados em alto mar com ajuda de um barco da Marinha. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), essa tragédia já chegou a 2,1 mil quilômetros dos nove estados do Nordeste e é considerado o maior da história no litoral brasileiro em termos de extensão. Ao todo, seis praias foram atingidas no Estado: A ver o mar, Guaiamum e Ilha de Santo Aleixo, em Sirinhaém; Mamucabinhas, em Barreiros; Carneiros e Boca da Barra, em Tamandaré.

O balanço foi divulgado na noite de ontem pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, que integra a equipe da Sala de Situação instituída para tratar da questão. “Não tem notícia na história de Pernambuco de um dano ambiental dessa extensão”, disse. Segundo o secretário, foi feito o trabalho de contenção e limpeza nas praias atingidas, coordenado pela Defesa Civil do Estado, com apoio dos municípios e população. “Os rios Persinunga, Una e Formoso, em Tamandaré, também sofreram toque de óleo, mas no caso do rio Persinunga e Una já existem barreiras de contenção para que o óleo não cheguem nos estuários”, disse Bertotti.

Fonte : Folha de Pernambuco

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