PF faz operação em endereço relacionado a Bivar, presidente do PSL

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Suspeita de candidaturas-laranjas na sigla

São 9 mandados de busca e apreensão

A PF (Polícia Federal) cumpre, nesta 3ª feira (15.out.2019), mandado de busca e apreensão em 1 endereço relacionado ao deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). Bivar é presidente do PSL, partido de Bolsonaro.

Ao todo, a Operação Guinhol busca cumprir 9 mandados autorizados pelo TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco). A ação atende a pedido do Ministério Público Eleitoral, que investiga o uso de candidaturas-laranjas no partido nas eleições de 2018.

Entre os endereços que são alvo das buscas está a casa de Bivar no Recife e a sede do partido. As casas de Maria de Lourdes Paixão, Érika Santos e Mariana Nunes, e os endereços das gráficas, Itapissu e Vidal, também são alvo da operação.

O objetivo é descobrir se houve fraude ao recursos das candidaturas de mulheres, que precisam ter pelo menos 30% dos valores do Fundo Partidário em suas campanhas. Segundo a PF, há indícios de que os valores foram aplicados de maneira fictícia e desviados para outras finalidades.

Segundo nota da Polícia Federal, o inquérito apura as práticas de três crimes, “pois representantes locais de determinado partido político teriam ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidários, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fortemente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional“.

O inquérito tramita em segredo de justiça.

O CASO DOS LARANJAS

Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo em 4 de fevereiro, o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) teria patrocinado 1 esquema de laranjas no Estado que direcionou verbas públicas de campanha eleitoral para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.

De acordo o jornal, o ministro indicou ao comando nacional do PSL e repassou R$ 279 mil para as candidatas Lilian Bernardino, Milla Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar. Elas não apresentaram desempenho significativo nas eleições. Juntas, receberam 2.084 votos, o que motivou as suspeitas de irregularidades.

Segundo a Folha, do dinheiro repassado, ao menos R$ 85.000 foram para as contas de 4 empresas de conhecidos ou parentes de Marcelo.

Fonte : Poder360.com.br