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Projeto contempla empresa que incentivar doação de sangue, medula óssea, órgãos e tecidos humanos

Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei que institui o Selo Empresa Solidária com a Vida, destinado às instituições que desenvolvam algum programa de esclarecimento e incentivo para que seus funcionários façam doação de sangue, medula óssea, órgãos e tecidos humanos. A empresa que aderir terá o direito de utilizar o selo em suas peças publicitárias e ser citada nas publicações promocionais oficiais do governo do estado.

De autoria do deputado Romoaldo Júnior (MDB), a matéria (nº 511/2019) tem entre os objetivos, “distinguir e homenagear fundações com preocupação social e solidária com a existência de cada um, estimulando-as a conceder oportunidade e condições ao trabalhador para que ele possa se dirigir ao banco de sangue ou hemocentro e se informar sobre os procedimentos que precisa fazer para ser um doador, bem como para se conscientizar sobre a importância deste gesto de amor, diminuindo o tempo de espera daqueles que sofrem na fila de transplante”.

“A proposição representa mais uma frente de captação de doadores de sangue e de medula óssea, órgãos e tecidos. Diariamente, são veiculadas campanhas publicitárias que lembram a população a respeito dos baixos estoques de sangue presentes nos hemocentros, bem como outras que encorajam as pessoas a doarem seus órgãos em benefício de tantos pacientes que têm esperança de terem vida saudável após a realização de um transplante, como o de medula óssea. Só de leucemia, o Brasil já tem mais de 10 mil casos por ano. São pacientes que precisam de transplante de medula e que podem ser salvos com um gesto de solidariedade”, disse o deputado.

O MT Hemocentro, em Cuiabá, é a única instituição de Mato Grosso onde é feito o cadastro de doadores de medula óssea. Pacientes que necessitam de transplantes possuem doenças em que a produção de células saudáveis é prejudicada.

“Vale a pena lembrar que é um engano quem pensa que pode ficar paraplégico durante a coleta para o transplante. Todo mundo acha que a coleta é feita na coluna vertebral, e não é. É um mito que será colocado uma agulha na medula espinhal e a pessoa poderá ficar paraplégica”, afirma a diretora do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela.

A medula óssea, conhecida como tutano, é um tecido líquido-gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica no sangue as hemácias (glóbulos vermelhos) e leucócitos (glóbulos brancos).

Doação

As doações podem ser feitas por dois métodos: por aférese ou por punções.

No caso da aférese, o doador faz o uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco na corrente sanguínea. Após esse período, a doação é feita por uma máquina que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários. Neste caso, não há necessidade de internação nem de anestesia.

Já no método das punções, a medula é retirada do interior dos ossos da bacia. Segundo Gian Carla, o doador toma uma anestesia peridural ou geral, não sentindo dor durante a coleta. Devido ao anestésico é necessária a internação, por um período de 24 horas, recebendo a alta médica após esse tempo. O critério de escolha de metodologia é médico.

Cadastro

Para ser doador de medula óssea é necessário se apresentar no MT Hemocentro, portando os documentos pessoais, para realizar o cadastro no Banco Nacional de Doadores Voluntários. Os requisitos são ter entre 18 e 55 anos e estar bem de saúde. Este cadastro pode ser feito de segunda-feira à sexta-feira, das 07h30 às 17h30, na sede que fica na Rua 13 de Junho, no bairro Centro-Sul.

MÁRCIA MARTINS / Gabinete do deputado Romoaldo Júnior

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