A África do Sul ingressou oficialmente como nação no antigo Bric (formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia e China) em 24 de dezembro de 2010, após ser convidada pela China e outros países para participar do grupo. A letra “S” do atual Brics representa o South de South Africa (África do Sul em inglês).
Considerada a 32ª economia do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de US$ 349,4 bilhões, a África do Sul ainda é pouco relevante para o Brasil em termos comerciais. Com exportações de US$ 953.4 milhões para aquele país, no período de janeiro a outubro, e importações de US$ 606 milhões, o Brasil tem saldo de US$ 347,3 milhões com a nação sul-africana.
Os números, porém, enganam. Se exibem um cenário de poucos negócios, esses dados são momentâneos. Para o futuro, a perspectiva pode ser diferente. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi. há grandes chances de o Brasil incrementar as relações comerciais e de cooperação técnicas e científica com a África do Sul, a partir da aplicação das 23 ações recomendadas pelo Conselho Empresarial do Brics (Cebrics).
Brasil e África do Sul têm, hoje, um acordo bilateral de preferências fixas, que abrange um número “limitado de produtos”. Uma das dificuldades desse acordo, conforme disse Carlos Abijaodi, é que os dois lados mantiveram a tradição de aplicar políticas industriais ativas, que se destinam sobretudo a preservar seus próprios mercados, evitando assim competir com as importações.
Abijaodi espera que as perspectivas econômicas entre Brasil e África do Sul sejam dinamizadas a partir das 23 ações. De acordo com o diretor da CNI, os empresários que representam Brasil e África do Sul devem formalizar os campos em que haja maior interesse de cooperação e negócios entre as duas nações.
Fonte EBC