Estes são os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada, quando a Selic (a taxa básica de juros) passou de 5,50% para 5,00% ao ano. Foi o terceiro corte consecutivo da taxa básica. O cenário de mercado utiliza como referência as projeções do Relatório de Mercado Focus para a Selic e o câmbio.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, as projeções do cenário de mercado estavam em 3,3% para 2019, 3,6% para 2020 e 3,7% para 2021.
Cenário de referência
Na ata de hoje, o BC não publicou suas projeções para o cenário de referência – que utiliza a Selic e o câmbio em valores fixos em todo o horizonte relevante para a política monetária. No comunicado da semana passada, a instituição já havia optado por não publicar o cenário de referência.
Isso ocorre porque as projeções que vinham sendo divulgadas levavam em conta a Selic praticada até o momento da decisão do Copom. Assim, o BC consideraria, no comunicado da semana passada e na ata de hoje, uma taxa básica de 5,50% ao ano – e não de 5,00% ao ano. Na prática, o cenário de referência com este parâmetro já demonstraria defasagem. O BC optou por excluí-lo das comunicações.
Cenário híbrido
No comunicado da semana passada e na ata de hoje, o BC publicou projeções de seu cenário híbrido, com câmbio constante a R$ 4,05 e Selic do relatório Focus. Neste cenário, a projeção para 2019 é de 3,4%. No caso de 2020, está em 3,7% e, para 2021, em 3,6%.
O centro da meta de inflação perseguida pela instituição este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 2,75% e 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Já a meta para 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
No Relatório de Mercado Focus publicado ontem, as instituições financeiras projetaram inflação de 3,29% em 2019, 3,60 % em 2020 e 3,75% em 2021.