O cenário político tem impedido o avanço de reformas estruturais na América Latina, mas o Brasil é uma “notável exceção”, avalia a agência de classificação de risco Moody’s Investors Service em relatório, nesta quinta-feira, 21. Para 2020, a visão dos analistas é de que o ambiente para a região e os emergentes como um todo é negativo, por conta do aumento de riscos políticos e geopolíticos.
“Em muitos países da América Latina e ainda na África do Sul e Turquia, a política impede reformas estruturais. O Brasil é uma notável exceção”, destaca o relatório.
O crescimento da América Latina deve se recuperar em 2020, com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil voltando a se expandir na casa dos 2%, mas os riscos políticos e para as políticas econômicas aumentaram na região, observa a Moody’s.
Para os emergentes, a previsão é de avanço de 4,5%, número menor que a média dos últimos anos e longe dos picos de alta do PIB em países como México, Rússia, Índia e China, segundo o relatório.
Mesmo com o ritmo menor de crescimento, os emergentes vão seguir com alta do PIB mais forte que países desenvolvidos, que devem ter avanço médio de 1,5%, observa a Moody’s.
Embora tenha crescido o temor de recessão na economia mundial, a Moody’s não espera crescimento negativo para nenhum dos principais emergentes em 2020, com exceção da Argentina, ressalta o vice-presidente, Gersan Zurita.
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