Há algumas semanas, o COI se mostrou favorável a transferência da sede da maratona e da marcha atlética para Sapporo, no intuito de poupar atletas do forte calor – no verão deste ano os termômetros ultrapassaram os 35 graus na capital japonesa. A ideia desagradou a governadora de Tóquio Yuriko Koike, que logo se manifestou publicamente contra a mudança. Hoje, Koike disse aceitar a transferência, mas não deixou de fazer ressalvas.
“Ainda achamos que seria melhor se essas provas acontecessem em Tóquio, mas queremos garantir o sucesso dos Jogos. Não concordamos com a decisão do COI, mas não vamos interferir mais”, assegurou Koike.
A maratona é uma das provas mais tradicionais dos Jogos Olímpicos e costuma servir de vitrine para promover o turismo nas cidades-sede. Em Tóquio, também seria assim: o percurso inicialmente divulgado incluía diversos pontos turísticos da capital japonesa. Agora, após a decisão do COI, as atenções voltam-se para Sapporo, a 832 Km à norte de Tóquio.
O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, John Coates, admitiu que os acontecimentos no recente Mundial de Atletismo em Doha, no Catar, também influenciaram na decisão de mudar o local de provas. A maratona do Mundial em Doha, em setembro, foi considerada a mais dura da história. Houve recorde de desistências e dezenas de atendimentos médicos. Apesar da largada à meia-noite, os atletas tiveram que enfrentar temperatura média de 30 graus e 80% de umidade.
Fonte EBC