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Diagnóstico e tratamento precoce do câncer de próstata garantem 95% de cura

O Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, encerrou nesta quinta-feira (30) programação do Novembro Azul que, ao longo do mês, desenvolveu ações de educação em saúde com palestras, orientações sobre a saúde do homem e distribuição de material educativo nas áreas de atendimento aos colaboradores e usuários do hospital e na comunidade local. O ponto alto da programação foi a “blitz” (foto) para o cadastramento de mais de 200 agendamentos para exames de Antígeno Prostático Específico (PSA na sigla em inglês), para auxiliar o diagnóstico precoce do câncer de próstata, realizado dia 28, aos homens da cidade e localidades vizinhas. FOTO: ASCOM HRPM DATA: 30.11.2017 BREVES - PARÁ

A saúde do homem é uma das ações que integram a Política de Prevenção e de Atendimento realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e voltadas, neste mês de novembro, especialmente para o combate ao câncer de próstata. Estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que, apenas neste ano, devem surgir 682.220 novos casos da doença entre os homens em todo o país, sendo que em Mato Grosso são previstos 1.100 novos casos.

Contudo, o câncer de próstata diagnosticado precocemente representa 95% de chance de cura, ressalta o oncologista e mastologista do Hospital Estadual Santa Casa, Wilson Garcia Pereira.

Para obter esse percentual de cura, é preciso que o tratamento da doença seja iniciado no prazo máximo de até 60 dias, a partir do diagnóstico precoce. O câncer de próstata se desenvolve até o tamanho de um centímetro dentro do prazo de 15 anos; a doença é silenciosa e os sintomas vão surgir somente na fase avançada, com o surgimento de retenção de urina; jato urinário fraco; dores pélvicas, sangramento na urina e dificuldade para urinar.

O Inca ainda estima que, no Brasil, em 2019, mais de 14 mil homens correm o risco de morte em razão da doença e por não ter procurado o tratamento precocemente. Em torno de 20% da incidência irá a óbito – evidência que demonstra a demora, por parte do homem, em buscar o diagnóstico e o tratamento da doença.

Tratamento pelo SUS

Na Rede Pública de Saúde, o homem pode ter acesso à consulta com um clínico geral, com o urologista ou mesmo com o médico de saúde da família, que pode ser encontrado no PSF (Programa de Saúde da Família), existente em unidades de saúde dos municípios. Nessa fase, o médico pode indicar o exame de rastreio, de sangue e o de toque retal, que é feito por médico urologista ou pelo médico de família.

Na fase do tratamento, o paciente é atendido por um especialista em oncologia ou em mastologia, esses profissionais podem indicar a cirurgia para a retirada do câncer e tratamentos a base de radioterapia, com alto índice de cura, além da hormonioterapia. Esses tratamentos também são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que a regulação do paciente é iniciada sempre pela rede de Saúde do município onde reside.

“Os tratamentos são altamente eficazes, ou seja, têm alto índice de cura, são menos mutilantes e impedem a incapacidade profissional e social”, enfatiza o especialista.

Prevenção

O câncer de próstata é a doença mais comum nos homens e acomete, sobretudo, da fase idosa, acima de 65 anos. Entretanto, o INCA recomenda que o cuidado com a próstata comece a partir dos 40 anos de idade. A biópsia do tumor é o que vai indicar se é câncer ou não e isso somente pode ser descoberto pelo exame de toque no reto.

O oncologista Wilson Pereira ainda informa que 35% dos casos de câncer de próstata estão ligados à rotina alimentar equivocada, por meio de consumo de alimentos gordurosos em conservas e processados, que são pobres em fibras e com alto índice de calorias e de gordura. O excesso de bebida alcóolica e de cigarro contribui para o surgimento da doença.

“A qualidade alimentar e física é fundamental para evitar o câncer de próstata e outras doenças, e assegura melhores condições de vida para o homem”, conclui o médico.

Fonte Estadão

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