Guedes também defendeu as medidas já anunciadas essa semana no Plano Mais Brasil para transformar a estrutura do Estado. “Ao mesmo tempo em que abrimos o regime político, não conseguimos transformar economia. Agora temos que transformar a máquina, por meio do novo pacto federativo”, considerou.
Ele citou o exemplo do federalismo nos Estados Unidos para mostrar que lá cada Estado e município é responsável pelos seus problemas financeiros. Pela proposta de novo pacto, a União não poderá mais oferecer socorro aos Estados a partir de 2026, quando os bancos públicos também ficarão proibidos de conceder crédito aos governos estaduais. “Nos EUA só há socorro a Estados e municípios em momentos de desastres naturais”, comentou.
Mais uma vez, o ministro pediu tempo para que os resultados das medidas adotadas pelo governo Bolsonaro apareçam na economia. “Dá para esperar um ano, um ano e meio?”, reafirmou. “Com o corte de gastos, a taxa de juros já veio de 7% para 5% e vai continuar caindo. Só com a queda da Selic, o gasto com juros vai cair R$ 100 bilhões em 2020”, completou.
Em longa explanação inicial, o ministro realizou ainda uma ode ao capitalismo e alertou para o crescimento do Oriente em meio à perda de riqueza em países centrais do Ocidente. “Nunca o capitalismo foi tão forte, nunca as engrenagens de mercado funcionaram com tanta potência. O Oriente está enriquecendo, enquanto o Ocidente está saindo da fartura. Os europeus pararam de trabalhar e os EUA fizeram pontes de papel para a riqueza, enquanto os asiáticos mergulharam no capitalismo e estão enriquecendo. O Ocidente não está aguentando competição”, palestrou.
Sempre elogioso ao neoliberalismo implementado no Chile, Guedes voltou a minimizar a onda de protestos no país sul-americano. “Existe um caminho testado que reconstruiu o Chile. O Chile agora tem protestos igual à França, em países ricos também têm isso na democracia. Mas na China não tem protestos, precisamos interpretar corretamente e não cair em pistas falsas”, completou