O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta segunda-feira, 11, resultado de exames feitos em amostras de pescado do litoral do Nordeste, em áreas atingidas pelo vazamento de óleo. A análise foi feita pelo Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio e mostra que o produto está em condições apropriadas para o consumo humano.
O laboratório analisou os níveis de indicadores para contaminação por derivados de petróleo. Os resultados, segundo o ministério, revelam níveis baixos detectados em peixes e lagostas e que não representam riscos para o consumo humano.
As amostras foram coletadas em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), nos dias 29 e 30 de outubro, nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Já uma análise anterior, feita pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), havia apontado risco de consumo de frutos do mar em áreas afetadas pelo óleo. Estudo marinho apontou resquícios do poluente nos sistemas respiratório ou digestivos em 38 animais marinhos.
“As amostras para monitoramento da situação de segurança do consumo de pescado continuam sendo colhidas e, conforme a liberação dos resultados das análises, serão divulgados pelo Mapa, com atualizações das recomendações”, informou a pasta.
No dia 31 de outubro, o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, declarou, durante conversa com o presidente Jair Bolsonaro, que os peixes são animais inteligentes, que fogem ao perceberem a presença de óleo no mar. “O peixe é um bicho inteligente. Quando ele vê uma manta de óleo ali, capitão, ele foge, ele tem medo”, disse Seif Júnior. “Então, obviamente que você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano.”
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