China e Rússia pedem à ONU redução de sanções contra Coreia do Norte

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A China pediu hoje (17) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que apoie uma proposta sino-russa de reduzir as sanções contra a Coreia do Norte, desde que o país aceite um plano de desnuclearização.

Nas últimas semanas, o governo norte-coreano tem pedido aos Estados Unidos (EUA) que suspenda as sanções impostas e fez um ultimato, ameaçando com um “presente de Natal” se Washington não fizer concessões em sua posição.

O presidente norte-americano, Donald Trump, respondeu ao ultimato da Coreia do Norte, afirmando que ficaria “decepcionado se alguma coisa estivesse sendo preparada, referindo-se à possibilidade de qualquer retaliação militar por parte de Pyongyang.

A proposta apresentada por Pequim e Moscou à ONU busca uma solução para o impasse, sugerindo que os EUA ajustem as suas sanções contra a Coreia do Norte “de acordo com os passos dados por esse país em direção à desnuclearização”.

A proposta chega em um momento de tensão entre Washington e Pyongyang, com as negociações travadas desde o fracasso da cúpula entre Donald Trump e o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em fevereiro passado.

“A península coreana atravessa um período importante e sensível. A urgência de um acordo político aumentou ainda mais”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

A comunidade internacional deve “impedir que a península volte à tensão e ao confronto”, argumentou o porta-voz chinês, em entrevista coletiva, em que justificou o pedido apresentado à ONU.

Entre outras medidas, o documento sugere a suspensão da proibição de importação de carvão, ferro, minério de ferro e têxteis da Coreia do Norte.

China e Rússia pedem ainda o fim de uma medida que exige que os países recusem trabalhadores norte-coreanos que procurem emigrar.

O documento pede também a Pyongyang que inicie um processo de desnuclearização. O pedido tem sido recusado por Kim Jong-un, alegando que as armas nucleares são a única forma de garantir a segurança nacional contra ataques externos.

Fonte EBC