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CST dos agentes comunitários de saúde discute levantamento realizado por pesquisadora da UFMT

Em reunião realizada na manhã de hoje (10), a Câmara Setorial Temática (CST) que discute a qualificação técnica e estudos de legislação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) de Mato Grosso recebeu a pesquisadora Alba Medeiros para apresentar um estudo sobre a rotina de trabalho desses profissionais. “O estudo apresentado faz parte de uma tese de doutorado e traz dados técnicos que vão contribuir com o desenvolvimento das propostas que estão em discussão visando melhorias para a categoria” destacou o relator  da CST, Carlos Eduardo Santos.

“Uma das principais questões que o estudo mostra é sobre a defasagem da politica pública que norteia a atuação dos agentes. Ela não condiz a realidade que eles encontram durante a jornada de trabalho, conforme apontado afirmou Alba Medeiros. Segundo ela, a falta de segurança é uma das principais preocupações dos profissionais.

“A lei diz que eles precisam fazer as visitas sozinhos, mas muitos deles, principalmente as mulheres, são vítimas de assédio sexual e até outras formas de violência. É um medo constante que todos vivenciam e que precisa ser solucionado”, destacou a pesquisadora.

A pesquisa realizada no município de Cuiabá traz ainda outras demandas da categoria, entre elas a falta de valorização de carreira, a necessidade da elaboração de leis mais condizentes com a realidade trabalho e o perfil dos profissionais. “É importante destacar que o estudo é qualitativo e representa uma realidade especifica do município de Cuiabá. No entanto ela traz um parâmetro de muitas situações que são comuns para os profissionais de todo estado” afirmou.

O presidente do Sindicato dos Agentes de Combate às Endemias de Mato Grosso (Sintrace-MT), Wilson Cutas destacou que apesar dos agentes serem vinculados aos Poder Executivo municipal, discutir a situação da categoria na CST (esfera estadual) ajuda a contribuir com melhorias significativas para o desenvolvimento da atividade que zela pelo bem-estar da população. “Ela [CST] é um espaço onde os profissionais têm voz para falar sobre a realidade de trabalho e para participar da elaboração de propostas que tragam conquistas de direitos e também de valorização” defendeu.

O encontro encerrou a agenda de atividades da CST para 2019;  os trabalhos devem retornar já no mês de janeiro. O cronograma ainda será definido pelos membros.

CST dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias: instalada no mês de agosto e tem a finalidade de discutir e propor melhorias na legislação da carreira, além de proporcionar qualificação técnica para os profissionais de todo estado. Ela tem prazo de 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ser renovada por mais 180 dias. Além das reuniões de trabalho também estão previstas visitas técnicas a diversos municípios.

A câmara é presidida pelo deputado Max Russi (PSD) e tem como membros representantes do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público de Contas, Defensoria do Estado, sindicato da categoria, União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMAT) e Escola do Legislativo.

Fonte Secretaria de Comunicação Social

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