Quais os povos formadores da Região Sul? O Caminhos da Reportagem, percorre programa da TV Brasil que vai ao ar hoje (26) às 21h, percorre cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina para mostrar as marcas que diferentes povos deixaram na cultura, na arquitetura e na língua da região.
O Sul do país foi, por muitos anos, ignorado pela Coroa portuguesa. Quando os lusos perceberam que poderiam perder tantas terras para os espanhóis, começaram a se preocupar com essa imensa área pouco habitada do território. No século 18, os primeiros açorianos chegaram ao litoral de Santa Catarina.
O artista plástico Cláudio Agenor de Andrade, descendente de açorianos, explica que cerca de 6 mil açorianos ocuparam todo o litoral catarinense, paranaense e gaúcho. “Deixam marcas e pegadas profundas na arquitetura, na maneira de falar, nas rendas de bilro, enfim, praticamente a supremacia da cultura se estabelece aqui, muito mais que africana, que já existia, e a indígena, que é extinta”, ressalta.
Os caiçaras são formados a partir da miscigenação entre índios, brancos e negros, e mantêm viva a tradição do fandango no Paraná. O fandango caiçara foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2012 e é uma expressão musical e festiva no Paraná. Conhecemos o grupo de fandango Mandicuera, na Ilha dos Valadares, em Paranaguá.
No século 19, milhares de imigrantes desembarcaram nos portos do Rio de Janeiro, de Santos e de Paranaguá e fincaram raízes no Brasil. Hoje, descendentes de italianos, alemães, poloneses, ucranianos, portugueses, espanhóis formam a imensa colcha de retalhos que dá cor à Região Sul do país. Nossa equipe de reportagem resgata histórias de famílias que deixaram a Europa e vieram habitar essa região.
Nelsa Dupont é regente do Coral Vozes do Prado em Antônio Prado, considerado o município mais italiano do Brasil. Cerca de 80% da população da cidade dominam o Talian, um dialeto vindo da região do Vêneto, na Itália. Um dos objetivos do coral é manter vivas as tradições italianas. “Ensinar para nossos filhos e netos as canções que nos foram ensinadas pelos nossos nonos. Essa é a base, é a nossa cultura, é o nosso orgulho”, diz Nelsa.
Fonte EBC