Presidente do BNDES diz não ter pressa para vender carteira do BNDESPar

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, durante entrevista coletiva, no Ministério da Economia.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse nesta quarta-feira, 29, durante evento do Credit Suisse, na capital paulista, que não tem pressa para vender a carteira do BNDESPar. Ele lembrou que tem 3 anos para fazê-lo.

“Vamos colocar os ativos à venda à medida em que o mercado for absorvendo. Se o mercado for mais rápido, fazemos mais célere. Se não, vamos tirar a mão. Cada ativo que a gente coloca é um teste”, afirmou Montezano.

Parte dos recursos que o BNDES deve obter com a venda de R$ 115 bilhões em ações de empresas na bolsa será destinado, conforme Montezano, para fomentar a indústria de fundos.

“Queremos ter cinco, 10, 15 fundos de crédito privado no País para alocar em infraestrutura de longo prazo e ser cotistas deles. O mesmo vale para pequenas e médias empresas”, acrescentou ele.

Investimentos segregados

O presidente do BNDES afirmou que os investimentos em empresas privadas, ou seja, de capital fechado, foram segregados em dois grupos e só serão desinvestidos ativos maduros. Nas demais, que ainda não estão nesse estágio, conforme ele, a ideia da instituição é mantê-las.

“Boa parte ainda está na parte da maturação. Nessas, o banco entende que tem valor e a ideia é não sair delas. Nas demais empresas maduras, não sei dizer, porque nosso foco agora está mais voltado às empresas listadas, “, disse ele, sem dar mais detalhes sobre os ativos.

Montenzano afirmou que essa agenda de desinvestimentos é mais lenta, uma vez que os ativos são menos líquidos. Segundo ele, o BNDES vai continuar com a capacidade de fazer aporte acionário em empresas. Frisou, porém, que esses investimentos precisam ter dois propósitos: de desenvolvimento e serem temporários.

“Uma vez que empresa atingiu maturidade, tendo lucratividade financeira ou não, o banco tem de sair e dar a vez para outro investidor”, reforçou o presidente do BNDES.

Fonte: Estadão