O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) avalia que após mais de 20 anos de vida pública – tendo sido prefeito de Lucas do Rio Verde por 3 mandatos não consecutivos e deputado estadual por um mandato -, não encontra outro lugar onde possa servir melhor a Mato Grosso do que no Senado. Com essa intenção, Pivetta se coloca como virtual pré-candidato a vaga que será deixada pela senadora cassada Selma Arruda (Pode) e se projeta como o candidato do “muda Senado”, das reformas estruturantes e do “mais Brasil e menos Brasília”.
Pivetta diz que quer ser senador para acelerar as reformas que considera como necessárias para o país, tais como a política, a tributária e o novo pacto federativo. Outro tema que o pretenso candidato quer dar continuidade é no projeto que garante a prisão após julgamento em segunda instância, pauta que foi amplamente defendida por Selma, antes da cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em relação a ruptura do mandato de Selma, Pivetta diz ter simpatia pela senadora e que sua saída do cenário político é “uma grande perda para Mato Grosso e para o Brasil”. Ele pontua que se sentia bem representado pela juíza aposentada, mas que após sua cassação, decidiu disputar o pleito suplementar.
“Já vivi o bastante para saber que precisamos encarar esses problemas que o Brasil vem enfrentando, como acabar com a corrupção, acabar com os privilégios, desburocratizar o setor público, melhorar os serviços que o Estado tem que fazer”.
Apoio de Mauro
Diante de um cenário no qual pelo menos quatro partidos que compõem a base de aliança do governador Mauro Mendes (DEM) devem lançar candidatos ao Senado, o vice-governador diz acreditar que na hora certa o democrata tomará a decisão sobre quem deve apoiar, ou se manterá neutro nesta disputa suplementar. Dentre os aliandos, o PDT terá Pivetta na disputa, o PSD com Carlos Fávaro, o DEM com Júlio Campos e o MDB que ainda não definiu nome. Alguns dos aliados, como é o caso do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), avalia que o melhor é Mauro se manter neutro em relação à disputa suplementar.
“Eu não vou botar pressão. Ele (Mauro) vai saber na hora certa, quem será a melhor proposta para Mato Grosso. Ele vai saber avaliar isso, e eu estou muito tranquilo. Essa diversidade de possíveis candidaturas demonstra a confusão que é o período prévio de uma eleição. Mas acho que ninguém pode passar vontade. A lei permite que você sendo eleitor, não tendo condenação, filiado a um partido, possa ser candidato. É um momento no qual talvez é possível existir dezenas de candidaturas”.
Fonte : Rdnews