A atriz Regina Duarte e a Globo encerraram a relação contratual em comum acordo depois de mais de 50 anos de vínculo da artista com a emissora, informou nesta sexta-feira (28) a Central Globo de Comunicação (CGCom).
A decisão foi anunciada um mês depois de a atriz ter aceitado o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial de Cultura.
“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre”, afirmou Regina em nota divulgada pela CGCom.
A Secretaria Especial da Cultura herdou as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro ao assumir a Presidência, e hoje faz parte do Ministério do Turismo.
Em 19 de fevereiro, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse que Regina Duarte deve assumir o cargo em um prazo entre dez e 15 dias após o Carnaval.
Presidente da República Jair Bolsonaro durante encontro com Regina Duarte — Foto: Carolina Antunes/PR/
A atriz anunciou no dia 29 de janeiro ter aceitado o convite de Bolsonaro para comandar a Cultura . Ela assumirá o posto deixado pelo ex-secretário Roberto Alvim, demitido por Bolsonaro em 17 de janeiro.
Alvim caiu depois da repercussão negativa de um discurso em que usou frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, na Alemanha nazista.
Na mesma semana da demissão de Alvim, Regina teve um encontro com Bolsonaro no Rio e foi convidada para assumir a secretaria.
Atriz Regina Duarte aceita assumir a Cultura, mas nomeação não tem data
Carreira artística
Regina Duarte estreou na Globo em 1969, na novela “Véu de noiva”. Desde então, atuou em 31 novelas, como os sucessos “Selva de Pedra” (1972), “Guerra dos sexos” (1983) e “Roque Santeiro” (1985), quando viveu a Viúva Porcina.
Após interpretar várias mocinhas, ganhou o apelido de ‘Namoradinha do Brasil’ e também viveu o ícone da emancipação feminina do fim dos anos 70. E, por três vezes, interpretou as Helenas do autor Manoel Carlos: em “História de Amor” (1995), “Por Amor” (1997) e “Páginas da Vida” (2006).
Também participou de oito casos especiais e centenas de episódios em séries e minisséries na Globo, incluindo o sucesso “Chiquinha Gonzaga” (1999). Seu último trabalho na emissora foi “Tempo de amar”, em 2017.
Fonte : G1.com.br