Porcentual de famílias endividadas cai a 65,3% em janeiro, diz CNC

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Porto Alegre - Cédulas falsas com o número de série repetido. Polícia Federal deflagou a Operação Inkjet 2, para desarticular um grupo que fabricava e comercializava dinheiro falsificado (Daniel Isaia/Agência Brasil)

s brasileiros iniciaram o ano de 2020 um pouco menos endividados, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias com dívidas diminuiu para 65,3% em janeiro, após ter alcançado 65,6% em dezembro, o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Na comparação com janeiro do ano passado, a proporção de endividados era consideravelmente mais baixa, 60,1%.

Para a CNC, o elevado nível de endividamento ainda é compatível com a renda das famílias, impulsionado por melhores condições de crédito e pela recuperação do mercado de trabalho.

O porcentual de famílias inadimplentes recuou de 24,5% em dezembro de 2019 para 23,8% em janeiro de 2020, a terceira queda consecutiva. Em janeiro do ano passado, o contingente de inadimplentes era menor: 22,9%.

O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permaneceriam inadimplentes – diminuiu de 10% em dezembro para 9,6% em janeiro. Em janeiro de 2019, essa população somava 9,1%

A parcela média da renda comprometida com o pagamento de dívidas encolheu de 29,7% em dezembro para 29,4% em janeiro deste ano, o nível mais baixo desde maio de 2019.

“A proporção do comprometimento da renda com dívidas vem caindo desde novembro de 2019 e reforça que o consumo está sendo retomado através do que se pode chamar de dívida responsável, com as famílias se organizando para pagar empréstimos e financiamentos”, avaliou a economista Izis Ferreira, da CNC, em nota oficial.

Segundo Izis, havia uma demanda represada das famílias por bens de consumo que são mais dependentes do crédito, como móveis e eletrodomésticos.

O cartão de crédito manteve a liderança no ranking de dívidas, citado por 79,8% dos entrevistados, seguido por carnês (15,9%) e financiamento de carro (10,9%).

Fonte: Estadão