As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira, 18, revertendo ganhos de mais cedo, em mais um dia de turbulência nos negócios à medida que o avanço da pandemia de coronavírus continua levando investidores a evitar ativos considerados mais arriscados, como ações.
Na China continental, o Xangai Composto recuou 1,83%, a 2.728,76 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,55%, a 1.678,25 pontos.
O sul-coreano Kospi liderou as perdas na Ásia, com um tombo de 4,86%, a 1.591,20 pontos, seu menor nível desde maio de 2010 e mantendo-se no vermelho pelo sexto pregão consecutivo.
Em Tóquio, o japonês Nikkei caiu 1,68%, a 16.726,55 pontos, renovando mínima desde novembro de 2016. Em fala no Parlamento, o presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, defendeu hoje as operações de compras de ações da instituição, apesar de ser provável que as quedas recentes dos preços tenham lhe causado prejuízos de 2 trilhões de ienes a 3 trilhões de ienes (US$ 18,58 bilhões a US$ 27,86 bilhões).
Em outras partes da região asiática, o Hang Seng apresentou queda de 4,18% em Hong Kong, a 22.291,82 pontos, e o Taiex registrou baixa de 2,34% em Taiwan, a 9.218,67 pontos.
Vários mercados da Ásia exibiram tom positivo na primeira metade do pregão desta quarta, reagindo ao bom desempenho das bolsas de Nova York, que ontem fecharam com ganhos de 5,2% a 6,2% após o governo dos EUA revelar plano de lançar um pacote de estímulo fiscal de até US$ 1 trilhão, numa tentativa de amenizar o impacto do coronavírus.
As bolsas asiáticas, porém, migraram para território negativo à medida que os índices futuros dos mercados acionários americanos viraram para baixo e atingiram o limite de baixa de 5% ao longo da madrugada.
Na Oceania, a bolsa australiana despencou 6,4% em Sydney, com o S&P/ASX 200 a 4.953,20 pontos. A queda, porém, havia chegado a 7,7% e só diminuiu após relatos da mídia local de que o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, anunciará um gigantesco pacote de estímulos fiscais e monetários na quinta-feira, 19.
Fonte: Estadão