A Câmara Municipal de Várzea Grande acatou, na sessão ordinária desta terça-feira (10), a representação contra o vereador por Várzea Grande, Calistro Lemes do Nascimento, conhecido como Jânio Calistro (PSD), por quebra de decoro parlamentar. No total, foram 18 votos favoráveis. O parlamentar foi denunciado por associação ao tráfico de drogas.
Na sessão também foi formada uma comissão processante para investigar a conduta de Jânio e terá 90 dias para entregar um parecer sobre a cassação. A comissão foi escolhida por meio de sorteio e está composta da seguinte forma: presidente Valdemir Bernadino de Souza – Nana (DEM), relator Pedro Paulo Tolares – Pedrinho (DEM) e membro Willy Taborelli (PSC).
Conforme o vereador Nana, todo o processo seguirá o Regimento Interno da Câmara Municipal de Várzea Grande. ” Devemos sempre primar pela legalidade e por isto devemos seguir rigorosamente o nosso Regimento Interno, como também a Lei Orgânica do Município”, destaca.
Calistro está impedido de exercer suas atividades parlamentares por estar preso no Centro de Custódia de Cuiabá, acusado de estar envolvido com o tráfico de drogas no dia 19 de dezembro de 2019.
Por isto, em janeiro deste ano presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, o vereador Fábio José Tardin – Fabinho (DEM) suspendeu os pagamentos de salários e Verbas Indenizatórias para Calistro.
Denúncia
O vereador Calistro Lemes do Nascimento, conhecido como Jânio Calistro (PSD), foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso por associação ao tráfico de drogas. Outras 34 pessoas também foram acionadas. A denúncia é resultado da Operação Cleanup.
Parte do grupo responderá também pela prática dos delitos de tráfico de drogas consumados em momentos e circunstâncias distintos. Ainda existem outros inquéritos policiais em andamento resultantes da mesma operação.
Por conta do número excessivo de denunciados e da complexidade dos fatos, o Ministério Público requereu a cisão dos fatos criminosos em denúncias separadas. A medida visa assegurar a agilidade do processo, principalmente em relação aos denunciados que estão presos cautelarmente.
Segundo o Ministério Público, dados probatórios revelam que entre os denunciados alguns praticaram outras condutas que podem configurar, em tese, crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os fatos ainda estão sendo investigados e devem resultar em novas denúncias.