A causa, no entanto, não se deve à indefinição quanto ao calendário atual da categoria. De acordo com a organização da etapa brasileira, a mudança na data do começo das vendas se deve a uma alteração no sistema de comercialização dos ingressos.
“Operaremos este ano com um novo sistema de vendas, que já está em fase de testes. O início da venda dos ingressos para a corrida deste ano está previsto para abril”, informou a organização em nota à reportagem do Estado.
A mudança no sistema de vendas vinha sendo cogitada desde o ano passado. Para executar a alteração, a organização do GP realizou parceria com Alan Adler, diretor executivo da IMM, empresa especializada em organização de eventos, para terceirizar alguns setores da corrida, como a impressão e a própria venda dos bilhetes.
A pandemia de coronavírus, segundo a gestão do GP nacional, ainda não afetou a preparação para a futura corrida em Interlagos, em São Paulo. “A organização do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 segue trabalhando normalmente.”
O circuito da F-1 vive situação rara em sua história. Em razão do coronavírus, a temporada ainda não começou – deveria ter iniciado no fim de semana passado, na Austrália. Duas das etapas previstas para o ano já foram canceladas, cinco foram adiadas. E o tradicional recesso de verão na Europa foi antecipado para os meses de março e abril, de forma a abrir espaço no calendário no meio do ano. Ou seja, boa parte do calendário precisará ser reconstruído nas próximas semanas.
Ao mesmo tempo em que aguarda a reconfiguração da agenda da temporada, o GP do Brasil mantém as negociações com a F-1 para tentar renovar seu contrato. O vínculo atual se encerra neste ano. E a organização da corrida paulistana tem a concorrência do Rio, que quer voltar a sediar uma prova da categoria em autódromo ainda a ser construído no bairro de Deodoro.