O dólar opera em queda nesta sexta-feira (13), após bater novo recorde na véspera, dia de fortes turbulências no mercado em todo o mundo. O alívio na cotação da moeda acompanha a melhora do humor dos mercados: na Europa, as principais bolsas sobem mais de 5%, enquanto os preços do petróleo também se recuperam.
Às 9h19, a moeda norte-americana era vendida a R$ 4,687, em queda de 2,08%.
O Banco Central volta a fazer intervenções no mercado de câmbio nesta sexta. Serão realizadas duas operações pela manhã, com liquidação em 17 de março. A recompra dos dólares vendidos no leilão “A” será em 5 de maio, e o mercado terá de devolver ao BC os dólares da operação “B” em 2 de julho.
Os leilões desta sexta-feira contemplam dinheiro novo. É a primeira vez que o BC faz oferta líquida de moeda nessa modalidade desde 17 e 18 de dezembro do ano passado – quando, no total, foram vendidos ao mercado US$ 2,50 bilhões.
Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 1,41%, a R$ 4,7882, renovando recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação). Na abertura, chegou a saltar mais de 6% e bateu R$ 5,0277 pela primeira vez na história, atingindo, assim, uma nova máxima nominal intradia já registrada no país. Com o salto desta quinta, o avanço do dólar em relação ao real no ano chega a 19,41%.
Na quinta-feira, a intensidade de alta do dólar diminuiu ao longo do dia depois de o Banco Central (BC) anunciar dois leilões extras de dólar em moeda à vista de até US$ 2,25 bilhão e após o Federal Reserve (Fed) de Nova York afirmar que ofertará mais US$ 1,5 trilhão por meio de operações de recompra de títulos para dar liquidez e alívio aos mercados.
Nesta semana, o BC vendeu dólares à vista e realizou operações de swap cambial tradicional. Desde segunda-feira, já colocou US$ 7,245 bilhões em moeda à vista e injetou US$ 10,5 bilhões neste ano via contratos de swap cambial tradicional — que equivalem a colocação de liquidez no mercado futuro.
Fonte : G1.com.br