O Ministério de Saúde da Itália registrou ao menos 7.503 mortes por Covid-19 e mais de 57,5 mil casos do início da epidemia até esta quarta-feira (25). Há um mês, o país mediterrâneo relutava em ampliar medidas de isolamento que estavam concentradas em cidades da Lombardia, região ao norte do país mais afetada pelo surto de coronavírus.
Em 21 de fevereiro, a Itália confirmou sua 1ª morte por Covid-19. Naquele momento, o país registrava apenas 17 casos confirmados da doença. Logo no dia seguinte, o governo italiano anunciou um toque de recolher para 11 cidades da região mais afetada pela doença.
Mas foi apenas em 8 de março que a Itália decidiu isolar toda a região da Lombardia, responsável por parte importante da economia italiana, em uma medida que afetou cerca de 16 milhões de pessoas. No dia seguinte, o isolamento foi estendido para todos os 60 milhões de habitantes do país que naquele momento já registrava mais de 400 mortes pelo novo coronavírus.
- 30 de janeiro: primeiros casos de coronavírus no país
- 21 de fevereiro: 1ª morte por Covid-19
- 22 de fevereiro: governo declara toque de recolher na Lombardia
- 8 de março: Lombardia é isolada para conter avanço da doença
- 9 de março: isolamento completo em todo o país
- 19 de março: número de mortos na Itália ultrapassa o da China
- 21 de março: pico de mortes com 793 registros
‘Exagero’
Com o rápido aumento no número dos casos, que em apenas uma semana de fevereiro foram de 76 para 650, diversos países passaram a restringir as viagens tanto com destino como as que tinham origem nas regiões mais afetadas da Itália.
O ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, disse em 27 de fevereiro, que houve uma “cobertura exagerada da mídia”, o que teria sido motivo para a redução no número de voos.
“Na Itália, passamos de um risco de epidemia para uma ‘infodemia’ de desinformação, que neste momento está afetando nosso fluxo de turistas, nossos negócios e todo o nosso sistema econômico”, disse Di Maio.
Neste mesmo dia, as autoridades de saúde italianas definiram um novo protocolo de testes para poder diagnosticar pacientes infectados pelo novo coronavírus, limitando o número de exames apenas às pessoas consideradas “do grupo de risco” que apresentassem sintomas.
Por G1