Laboratório Central do Estado é referência em análise de casos suspeitos de Covid-19

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Um trabalhador de laboratório é visto no Departamento de Diagnóstico Laboratorial, que realiza testes de diagnóstico de coronavírus no Centro Wielkopolska de Pneumologia e Cirurgia Torácica em Poznan, Polônia em 3 de março de 2020. Foto tirada em 3 de março de 2020.

Em Mato Grosso, o Laboratório Central do Estado (Lacen), unidade ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), é responsável pela análise de amostras dos casos suspeitos da infecção por coronavírus, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o secretário adjunto de Vigilância em Saúde, Juliano Melo, os materiais biológicos coletados para exame da detecção do vírus, tanto na rede pública como na particular (quando o laboratório não é validado pelo Ministério da Saúde), devem ser levados para o Lacen, que analisa a amostra e envia para um laboratório de referência nacional – designado por atestar a presença do COVID-19.

Esse fluxo foi desenhado na Nota Técnica Nº 02, que também explica como é feita a coleta para o exame laboratorial.

Rede SUS

Na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), a orientação da SES é que a pessoa com histórico suspeito e sintomas graves (febre e dificuldades para respirar) procure a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência, pois, conforme o Ministério da Saúde, essas são as unidades de saúde porta aberta para os primeiros atendimentos dos casos.

Ao chegar na unidade, o paciente deve narrar, durante a consulta, os sintomas que possui. O profissional médico irá identificar se o caso tem potencial para ser suspeito. Se sim, a unidade irá notificar o caso como suspeito à equipe da Vigilância Epidemiológica Municipal da respectiva cidade.

Depois desse procedimento, o médico solicita a coleta de amostra biológica para exames de Biologia Molecular (RT-PCR), que detecta a presença ou não do vírus SARS COV 2 ou de outros vírus respiratórios. São coletados a amostra de Aspirado nasofaríngeo (ANF), Swabs combinado (Rayon nasal/oral) e a amostra de secreção respiratória inferior (escarro, lavado traqueal ou lavado bronco alveolar).

O Lacen irá analisar o material e se der negativo para outros vírus, como H1N1 e Influenza A, o próprio laboratório do Estado encaminha as amostras para um laboratório de referência nacional, que vai validar o resultado da análise feita pelo Lacen.

As etapas de análise da amostra levam até cinco dias para serem concluídas. Passado esse período, o resultado é lançado no sistema do Ministério, que publica gradativamente, na Plataforma IVIS, a confirmação da infecção pelo novo coronavírus.

Fluxo na rede particular

A Vigilância Estadual esclarece que o protocolo para confirmação do vírus em pacientes que optem por procurar o atendimento em uma rede particular não é diferente. Laboratórios particulares que sejam validados pelo Ministério da Saúde têm a autonomia no prosseguimento do diagnóstico.

Já no caso dos laboratórios particulares que não são validados pelo Ministério, as amostras serão divididas, aliquotadas. Uma será analisada na própria unidade privada e a outra é enviada ao Lacen, que analisará o material e enviará, assim como nos casos suspeitos atendidos pela rede pública, para o laboratório de referência nacional – que é responsável pela validação do resultado.

Recomendações

Os sites da SES e do Ministério da Saúde dispõem de informações oficiais acerca do novo coronavírus. A orientação é de que não sejam divulgadas informações inverídicas, pois as notícias falsas causam pânico e atrapalham a condução dos trabalhos pelos serviços de saúde.

O Ministério orienta os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infeccções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;

– Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;

– Evitar contato próximo com pessoas doentes. Ficar em casa quando estiver doente;

– Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;

– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Fonte: Governo do Estado