Após risco de racha interno, o MDB, liderado pelo deputado federal Carlos Bezerra, deve confirmar apoio a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) ao Senado. Apesar disso, para evitar reclamações de prefeitos e candidatos às eleições de outubro, a sigla irá liberar os filiados a apoiar quem eles quiserem.
As divisões do MDB levaram Bezerra a trabalhar redobrado para conter os possíveis descontentamentos. Ao menos três grupos defendem posições diferentes dentro do partido e, poucas horas antes da convenção que deve ocorrer às 17h desta terça (10), um grupo se reúne para definições ou ao menos amenizar os ânimos. O encontro é na casa de Bezerra, durante café da manhã.
Acontece que o ex-secretário de estado José Lacerda é um dos nomes que pressionam a cúpula para apoiar Carlos Fávaro (PSD), já que pode voltar a ocupar o cargo de primeiro suplemente da chapa do ex-vice-governador. Ele garante que tem apoio e tenta convencer os colegas de que é uma alternativa mais viável para que o MDB possa ter maior influência no Congresso.
Mas, conforme apurado os companheiros de sigla vão seguir uma linha mais vertical, uma vez que o próprio Bezerra, pretende apoiar a candidatura de Pivetta (PDT). Como de costume, o entendimento do cacique deve prevalecer.
A liberdade de apoio é defendida, principalmente, pelos possíveis candidatos às eleições municipais. Emanuel Pinheiro que deve concorrer à reeleição em Cuiabá já sinalizou apoiar o amigo Júlio Campos (DEM). Mas o apoio a Fávaro conta com dois defensores: o deputado federal Juarez Costa, pré-candidato à Prefeitura de Sinop, e o deputado estadual Thiago Silva, que vai concorrer a prefeito de Rondonópolis.
Às 12h05 – Decisão emedebista
Após o café da manhã, o MDB definiu que, em ata, vai apoiar formalmente a candidatura de Pivetta. Quanto a liberação dos divergentes, a direção irá avaliar caso a caso individualmente.