“Temos que decidir quando serão as cerimônias de abertura das Olimpíadas e Paralimpíadas. Sem isso, há muitas coisas que simplesmente não podemos fazer. Haverá custos adicionais com isso. Estamos lidando com adiamento dos Jogos, algo que nunca aconteceu na história. É uma tarefa assustadora”, disse Toshiro Muto, CEO de Tóquio-2020.
De acordo com o Comitê Organizador e o Comitê Olímpico Internacional (COI), através das palavras do presidente Thomas Bach, a realização dos Jogos em 2021 precisa acontecer até o final do verão no hemisfério norte, que vai de 21 de junho até 22 de setembro. Mas não está descartada a disputa em um período anterior a esse.
Para Yoshiro Mori, ex-primeiro ministro e atual presidente do Comitê Organizador, a ideia é se concentrar nos desafios que o Japão irá enfrentar para a realização dos Jogos em uma data diferente da prevista, que era de 24 de julho a 9 de agosto deste ano.
“Em suma, o que estamos trabalhando há sete anos chegou a um ponto crítico quando estava prestes a começar. E agora temos que reconstruí-lo novamente. Vamos ter que remontar em seis meses o que fizemos em sete anos, por isso será difícil. Tomar decisões sem problemas será crucial”, afirmou.
O adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos pode acarretar um custo adicional de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões). “Com certeza haverá custos. O valor, contudo, não sabemos agora. E quem vai pagar isso? Não preciso dizer que não serão discussões fáceis e não sabemos quanto tempo vão durar”, comentou Toshiro Muto.
Segundo Thomas Bach, o primeiro ministro japonês Shinzo Abe se responsabilizou por resolver o problema. “Vai ser um custo adicional para os japoneses. Mas o primeiro ministro Abe se comprometeu a fazer tudo o que for preciso. Todos foram impactados, jornalistas, atletas. Temos de fazer desses Jogos um símbolo de união”, disse o dirigente alemão.