Operação contra falsificação de agrotóxicos

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Franca 09-10-2014 AGROTOXICOSFALSIFICADOSAPREENSÃO Apreensão de agrotoxicos falsificados em chácara próxima a Cristais Paulista. Crédito: Dirceu Garcia/Comércio da Franca.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Franca (SP) deflagra nesta quinta-feira (5) uma força-tarefa contra grupos especializados na falsificação de agrotóxicos.

Operação “Princípio Ativo”, que tem apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil, mira três organizações criminosas que, segundo as autoridades, contam com o envolvimento de agentes públicos, entre eles um policial civil.

Desde o início da manhã, os agentes iniciaram o cumprimento de 160 mandados de busca e 35 de prisão preventiva em nove cidades do interior de São Paulo, além de municípios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Alguns dos alvos da operação começaram a ser apresentados na central de flagrantes da Polícia Civil em Ribeirão Preto ainda durante a manhã.

Preso na Operação 'Princípio Ativo', levado à CPJ em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Michele Souza/Rádio CBN Ribeirão

Preso na Operação ‘Princípio Ativo’, levado à CPJ em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Michele Souza/Rádio CBN Ribeirão

No interior de São Paulo, a força-tarefa realiza diligências em:

  • Igarapava;
  • Buritizal;
  • Ituverava;
  • Franca;
  • Cristais Paulista;
  • Ribeirão Preto;
  • Serrana;
  • São José do Rio Preto;
  • Monte Aprazível

Além da falsificação, os investigados respondem por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.

O Gaeco apurou que, somente em 2018, eles emitiram 808 notas fiscais falsas com um valor superior a R$ 110 milhões em duas empresas investigadas, entre 51 firmas abertas pelos integrantes das organizações criminosas nos últimos anos.

O esquema, segundo o órgão do Ministério Público, conta com diferentes grupos de atuação interligados, da chefia e do financiamento das atividades à falsificação dos defensivos agrícolas, com participação de agentes públicos.

A força-tarefa realizada nesta quinta-feira foi autorizada pela Justiça de Igarapava (SP) após três denúncias apresentadas pelo Ministério Público, que também pede bloqueio de bens dos envolvidos para a reparação dos prejuízos à economia.

Fonte: G1.com.br