O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Franca (SP) deflagra nesta quinta-feira (5) uma força-tarefa contra grupos especializados na falsificação de agrotóxicos.
A Operação “Princípio Ativo”, que tem apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil, mira três organizações criminosas que, segundo as autoridades, contam com o envolvimento de agentes públicos, entre eles um policial civil.
Desde o início da manhã, os agentes iniciaram o cumprimento de 160 mandados de busca e 35 de prisão preventiva em nove cidades do interior de São Paulo, além de municípios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Alguns dos alvos da operação começaram a ser apresentados na central de flagrantes da Polícia Civil em Ribeirão Preto ainda durante a manhã.
Preso na Operação ‘Princípio Ativo’, levado à CPJ em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Michele Souza/Rádio CBN Ribeirão
No interior de São Paulo, a força-tarefa realiza diligências em:
- Igarapava;
- Buritizal;
- Ituverava;
- Franca;
- Cristais Paulista;
- Ribeirão Preto;
- Serrana;
- São José do Rio Preto;
- Monte Aprazível
Além da falsificação, os investigados respondem por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.
O Gaeco apurou que, somente em 2018, eles emitiram 808 notas fiscais falsas com um valor superior a R$ 110 milhões em duas empresas investigadas, entre 51 firmas abertas pelos integrantes das organizações criminosas nos últimos anos.
O esquema, segundo o órgão do Ministério Público, conta com diferentes grupos de atuação interligados, da chefia e do financiamento das atividades à falsificação dos defensivos agrícolas, com participação de agentes públicos.
A força-tarefa realizada nesta quinta-feira foi autorizada pela Justiça de Igarapava (SP) após três denúncias apresentadas pelo Ministério Público, que também pede bloqueio de bens dos envolvidos para a reparação dos prejuízos à economia.
Fonte: G1.com.br