Partido de Netanyahu lidera eleições em Israel, aponta boca de urna

Pelas projeções, o Likud sozinho não conseguirá a maioria das cadeiras no Knesset, nome em hebraico do Parlamento israelense. Porém, considerando os partidos aliados da sigla governista, Netanyahu deve contar com 60 parlamentares.

Portanto, faltaria apenas um parlamentar para Netanyahu garantir a maioria dos 120 assentos e formar novo governo, colocando um fim ao impasse político israelense .

O partido militarista Israel Nossa Casa, do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, deve ficar com seis assentos no Parlamento. Desde que deixou o governo, os parlamentares da sigla não apoiaram nem Netanyahu nem Gantz.

Dessa forma, caso o resultado da boca de urna se confirme, Netanyahu precisará convencer um parlamentar — da oposição ou do grupo de Lieberman — a passar a apoiar a coalizão de direita liderada pelo Likud.

Porém, Lieberman reagiu ao resultado da eleição com cautela. “Precisamos esperar pelos resultados finais até tomar conclusões”, afirmou, segundo o site israelense Haaretz. “Não pretendemos nos mover nenhum centímetro em relação ao que prometemos aos nossos eleitores”, emendou.

De acordo com a imprensa israelense, o Likud já iniciou as negociações com outros partidos da direita israelense para formar uma coalizão. A expectativa é que Netanyahu declare vitória ainda nesta segunda-feira.

Após a divulgação dos resultados, Netanyahu usou as redes sociais para agradecer aos eleitores. “Obrigado!”, disse o primeiro-ministro.

“É uma enorme vitória para Israel”, completou a mensagem de Netanyahu.

Do outro lado, Benny Gantz também agradeceu aos eleitores. O oposicionista não chegou a declarar derrota, mas se limitou a dizer que “vai continuar lutando” pelos apoiadores.

“Vou continuar lutando pelo caminho certo por vocês”, escreveu Gantz.

As eleições desta segunda feira foram as terceiras em menos de um ano. Isso porque, por duas vezes, Netanyahu não conseguiu formar a maioria no Knesset. Também houve uma chance para que Gantz agrupasse uma coalizão, mas também não deu certo.

Esse cenário se deve ao rompimento do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman com a aliança direitista liderada pelo Likud, em 2019. E, apesar de retirar o apoio a Netanyahu, ele também não quis se aliar ao Azul e Branco, sigla de Gantz.

Lieberman lidera o partido nacionalista e militarista Israel Nossa Casa, que representa principalmente os descendentes da diáspora russa. A sigla deixou a coalizão governista por discordar da isenção do serviço militar obrigatório aos jovens judeus ortodoxos, tema caro para a ala mais religiosa do governo.

Fonte : G1.com.br