O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou ser contra a uniformização das medidas a serem adotadas pelos municípios, em meio à pandemia do novo coronavírus, a Covid-19.
Em conversa com a imprensa, nesta semana, disse que cada lugar deve ser tratado de forma diferente e criticou a possibilidade de trancamento de algumas cidades em Mato Grosso.
“Não dá para se uniformizar e ter uma regra para todos. A regra tem que ser diferenciada. Por exemplo, temos Cuiabá que é um centro grande e temos municípios pequenos do interior que não tem praticamente ninguém, está isolado, longe da Capital, a mais de 1 mil quilômetros, 1,5 mil quilômetros. Então, não tem necessidade de trancar e parar tudo. Esse é meu sentimento”, disse.
Botelho reforçou a tese de que os decretos municipais devem sobrepor sobre os demais, uma vez que cada cidade vive uma realidade e possuem suas especificidades quanto ao número de população, casos confirmados da doença e quanto a estrutura de Saúde Pública e privada.
Cenário difícil
O parlamentar disse acreditar que Mato Grosso viverá um cenário difícil no quadro de mortes de infectados com o novo coronavírus. Para ele, o cenário ainda tende a subir.
“Ainda vamos ter dias difíceis, porque a curva do número de infectados ainda não subiu e vai subir. Sabemos que vai subir. Na hora que começar a liberar um pouco, vai subir, mas isso é natural, não temos como impedir. Não temos como paralisar o vírus neste momento. O que era para ser feito era esperar e esse isolamento já ajudou muito, porque não aumentou tanto os números de contaminados”, disse.
“Não vai acabar, muitos pensam que porque fez o isolamento vai acabar o vírus, não vai mais infectar. Mas não, vai infectar. Vai infectar mais gente e é natural isso. Vai ter que infectar mesmo, pois a única forma de imunizar é você passando pela infecção do vírus. A menos que surja uma vacina que consiga vacinar toda a população, que é praticamente impossível num horizonte de um ano. Temos que ter esperança, calma e tranquilidade. Todos evitarem e protegerem as pessoas idosas e as pessoas que estão no grupo de risco, essas sim devem se manter no isolamento total mesmo até aparecer uma vacina”, completou.
Por Mídia News / Bruno Garcia