Após quatro meses de espera, utilizando liminar do STF, Carlos Fávaro (PSD) enfim foi empossado como senador da República na manhã dessa sexta (17), durante sessão virtual conduzida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
Terceiro colocado nas eleições de 2018, quando foram eleitos Jayme Campos (DEM) e Selma Arruda (Pode), Fávaro ocupa a cadeira deixada por Selma, cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico. A decisão da Mesa Diretora do Senado, em declarar vaga a cadeira de Selma, só ocorreu nesta quarta (16).
A defesa dela tentou vários recursos ao longo dos quatro meses, desde a decisão do TSE, para que o Senado aguardasse o trânsito em julgado do processo, que só se daria com julgamento de recurso no STF. A Corte Superior Eleitoral manteve, em dezembro, a cassação do mandato, imposta pelo TRE-MT. Além disso, decidiu que Selma está inelegível até 2026.
A ex-senadora ainda pode judicializar a questão. Fávaro, por sua vez, deve permanecer no cargo até a realização da eleição suplementar. O TRE-MT chegou a marcar a suplementar para 26 de abril e os partidos realizaram convenções, oficializando 12 candidatos (incluindo Fávaro), mas o pleito acabou suspenso por causa da Covid-19.
Em posse rápida e protocolar, sem discurso como geralmente ocorre, Fávaro apenas foi chamado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) para assinar o termo de posse. Leu o juramento onde prometeu guardar a Constituição Federal, desempenhar fielmente o mandato e sustentar a união e a independência do Brasil.
