Leclerc crê em disputa em 2020: ‘Com menos corridas, pilotos irão arriscar mais’

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A temporada de 2020 da Fórmula 1 será mais reduzida do que se esperava. Para o monegasco Charles Leclerc, piloto da Ferrari, menos corridas podem significar mais agressividade nas pistas. Das 22 provas previstas, sete já foram adiadas e duas canceladas – casos de Austrália e Mônaco. Assim, o ferrarista crê que menos corridas poderão levar os pilotos a arriscar mais

“Com cada vez menos corridas, as pessoas vão querer correr mais riscos. Portanto, podemos ter algumas surpresas e será emocionante assistir”, disse Leclerc em uma entrevista por videoconferência realizada no site oficial da Fórmula 1.

“Tenho certeza de que a Mercedes e Lewis (Hamilton) ainda são os favoritos, mesmo num campeonato de oito corridas, mas provavelmente todos nós vamos arriscar um pouco mais na pista. Estratégias arriscadas, ultrapassagens arriscadas”, prosseguiu o monegasco, que está em sua casa em Montecarlo, no Principado de Mônaco.

Leclerc acredita que fazer duas ou mais corridas no mesmo circuito, como pode acontecer em Silverstone, na Inglaterra, não é a solução ideal, mas reconhece que é a melhor solução. “Temos que fazer isso, infelizmente. Existem corridas que já foram canceladas e corridas que serão adiadas novamente. Todo o calendário será reorganizado, por isso temos que pensar em alternativas”, comentou.

Já a ideia de usar o sentido contrário das pistas, como foi proposto para Silverstone, agrada ao monegasco. “Eu vi algo sobre fazer corridas ao contrário, seria muito, muito bom. Essa poderia ser uma ideia interessante. Teríamos que reaprender a pista completamente do zero. Eu fiz isso no kart, fazer uma pista de uma maneira e depois de outra. Seria muito emocionante fazer uma pista como Silverstone ao contrário. Seria muito emocionante”, completou.

Questionado sobre a readaptação às corridas após um intervalo tão longo, Leclerc disse: “Vai ser difícil. A mentalidade, encontrar a bolha em que precisamos estar antes de entrar no carro é algo que, não fazendo por um longo tempo, é difícil voltar a esse estado”.

Por Estadão