Milho: veja o que pode mexer com o mercado na semana

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O mercado externo para o milho ainda segue sob pressão em relação ao coronavírus. Além disso, a área elevadíssima na intenção de plantio do cereal nos Estados Unidos, em 97 milhões de acres, pode gerar um potencial de safra recorde em 2020 para 390 milhões de toneladas.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Paulo Molinari.

  • Se não houver corte de demanda, o que parece difícil, os estoques sobem de 48 para 73 milhões de toneladas nos EUA;
  • Caso a demanda no segmento de etanol tenha queda de 20%, os estoques podem atingir níveis próximos de 100 milhões de toneladas, no próximo ano comercial;
  • As exportações semanais não estão conseguindo compensar da demanda interna nos EUA, apesar das compras surpreendentes por parte da China nos últimos dias;
  • Observação do clima a partir da próxima semana para o início do plantio no Meio-Oeste a partir do final de abril;
  • Em princípio, sem variáveis de risco elevada para o plantio neste ano;
  • No mercado interno, a preocupação segue com a liquidez;
  • As vendas por parte de indústrias de etanol no mercado interno foram muito discretas, não conseguindo baixar sequer os preços no MT;
  • Contudo, a quarentena generalizada no Brasil trava o comércio de carnes e traz baixas de preços no frango e no suíno, com mais preocupações com a demanda futura
  • No curto prazo, não ha corte de demanda no etanol de milho e/ou no setor carnes, apesar desta tendência ser mais clara para o segundo semestre;
  • Com isso, há mais procura para negócios na exportação na safrinha nos níveis de 47.50/48.50 Paranaguá e Santos;
  • Há ainda pouco espaço para fortes baixas no milho no curto prazo, porém para safrinha, o mercado começa a convergir mais facilmente para o porto;
  • Perdas na safrinha do PR e MS são claras. Chuvas previstas apenas para esta semana no PR.