Na Base da Polícia Militar do Moinho, em Cuiabá, o desespero e o pedido de socorro de dois homens que chegaram de carro na unidade militar com um uma criança desacordada, marcaram a jornada de trabalho dos policiais que estavam de plantão na tarde desta sexta-feira Santa (10.04). Especialmente do soldado Nilson Júnior Fernandes Souza e o sargento Antônio Anastácio da Silva Neto.
A criança, o pequeno Heitor Davi, de apenas um ano e quatro meses, estavam no carro com um tio e o padrasto. O menino havia se afogado na piscina da casa da família, no Jardim Imperial. Os familiares estavam certos de que não havia tempo para esperar por socorro em casa, tampouco se deslocarem até um serviço de pronto atendimento médico-hospitalar.
Na Base do Moinho, os policiais realizaram os primeiros socorros como massagem, entre outros procedimentos. O menino expeliu água e começou a recuperar a consciência. De imediato, o soldado Nilson e o sargento Neto levaram a criança para UPA do bairro Pascoal Ramos, onde uma equipe médica concluiu o atendimento.
O padrasto da criança, Erinaldo Lino Targino, contou que quando pegou Heitor desacordado viu que não dava tempo de chegar ao hospital. “Pensei logo nos policiais da Base da PM aqui da região. Sabemos que podem prestar socorro e eu já tinha assistido reportagem sobre eles salvado outras crianças”, relata Targino.
Targino disse que sabia que se fosse dirigindo até um hospital seria difícil chegar em tempo, principalmente porque estava nervoso e um pouco desorientado. Já a viatura policial, observa, pode abrir caminho e chegar bem mais rápido, como aconteceu. “Estamos agradecidos, realmente eles salvaram a vida do Heitor Davi”, completa.
O garoto está bem, mas continua sob observação e deve receber alta médica na manhã deste sábado (11). Ele está acompanhando da mãe, Gleycy Kellyng, que durante o socorro, teve que seguir em outro carro para o hospital, devido à emergência que o caso exigia.
Na ocorrência desta Sexta-feira Santa, Nilson se recorda do momento em que o padrasto chegou de carro no pátio da companhia buzinando desesperadamente. O soldado observa que naquele momento todos na unidade logo viram que era algo grave e foram ao encontro da família.
“Essa é uma situação desesperadora que eu não gostaria de enfrentar, mas como policial carrego um sentimento de dever cumprido por ajudar a salvar uma criança e devolver a alegria à família”, completa.
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