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Prefeito de Rondonópolis compra respirador falsificado e sem licitação

A Polícia Civil em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) está investigando uma fraude supostamente praticada por uma empresa que vendeu respiradores pulmonares para a Prefeitura do Município. A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município.

O valor total do contrato é de R$ 4,1 milhões.

A ocorrência foi registrada no final da tarde de quarta-feira (22), pela Secretaria de Saúde do Município, relatando que diante da situação da pandemia do coronavírus (Covid-19) foram adquiridos 22 aparelhos respiradores pulmonares, em processo de dispensa de licitação, sagrando-se como vencedora uma empresa com sede em Palmas (TO).

Na celebração do contrato ficou estabelecido que o pagamento seria após a entrega dos aparelhos, que ficou marcada para 16 e 17 de abril, na cidade de Goiânia (GO).

Diante do combinado, uma equipe da Prefeitura de Rondonópolis foi até a cidade para buscar os aparelhos. Antes de fazer o carregamento, segundo a Polícia, foram feitas fotos dos equipamentos e encaminhadas para a Secretaria de Saúde, sendo demonstrados pelos adesivos que se tratavam dos ventiladores pulmonares.

Desta forma, o pagamento foi efetuado pela Prefeitura de Rondonópolis, porém, quando os equipamentos chegaram na quarta-feira (22) na Unidade de Pronta Atendimento (UPA) foi constatada se tratar de uma falsificação, pois se tratavam de monitores com aparência de respiradores, sendo colocados adesivos e manuais como sendo de respiradores.

Antes que a equipe da Prefeitura descobrisse a fraude, um representante da empresa entrou em contato com a UPA solicitando para que não abrissem as caixas dos aparelhos até o dia 04 de maio, ocasião em que um autorizado viria até a cidade para a instalação dos equipamentos.

Assim que foi acionada do fato, a equipe da Derf Rondonópolis, coordenada pelo delegado Santiago Rozeno Sanches, iniciou as diligências, deslocando-se para Palmas (TO), no início da madrugada de quinta-feira (23).

O responsável pela empresa não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento feito pela Prefeitura de Rondonópolis.

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