A estimativa é que o PIB alemão encolheu 1,9% no primeiro trimestre e contraia 9,8% no segundo trimestre, em razão do bloqueio imposto pelo governo do país para conter a disseminação da covid-19, doença causada pelo vírus.
Se confirmada, a queda no segundo trimestre será a maior já registrada na Alemanha desde que começou a pesquisa de contas nacionais, em 1970, diz o relatório.
A contração esperada no segundo trimestre também seria mais de duas vezes maior do que o declínio visto durante a crise financeira mundial, no primeiro trimestre de 2009, de acordo com os institutos.
“A recessão está deixando marcas bem claras no mercado de trabalho e no orçamento do governo”, comentou Timo Wollmershäuser, chefe de pesquisas do instituto Ifo.
No ápice, a taxa de desemprego da Alemanha deverá chegar a 5,9% este ano e o número de trabalhadores em meio período subirá para 2,4 milhões, detalha o relatório. Espera-se uma recuperação em 2021, quando o PIB alemão deverá crescer 5,8%, segundo os institutos.
“A Alemanha está numa boa posição de lidar com a contração econômica e voltar no médio prazo para o nível que teria alcançado sem a crise”, ponderou Wollmershäuser.