Reino Unido e o coronavírus

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A perspectiva de que a quarentena no Reino Unido pudesse já estar com os dias contados retrocedeu, conforme a imprensa britânica confirmou com Downing Street, o endereço oficial do governo local. Havia a programação de que, na segunda-feira, a administração pudesse começar a abrandar algumas das regras do bloqueio, após a decisão de deixar a população em confinamento por três semanas para tentar evitar a propagação do surto de covid-19.

A decisão deve ser adiada, segundo a mídia local, porque o pico de coronavírus ainda está a uma semana e meia de distância. Um dos infectados mais ilustres é o primeiro-ministro Boris Johnson, que passou a segunda noite na UTI para monitoramento de sua saúde, depois que os sintomas da doença se intensificaram no domingo, quando foi encaminhado a um hospital no centro de Londres. Segundo informações oficiais, seu quadro é “estável”.

Apesar de a quarentena dever continuar por mais um período indefinido até o momento, ministros sugeriram ao Times que desejam que as escolas reabram após a Páscoa se a situação se estabilizar. O argumento é o de que o funcionamento dos estabelecimentos de ensino tem pouco impacto sobre a disseminação da doença e podem ajudar na retomada da economia.

O confinamento oficialmente teve início no dia 23 de março com a promessa de Johnson de que uma revisão seria feita após três semanas. A legislação emergencial apresentada ao Parlamento três dias após o anúncio do premiê diz, no entanto, que uma revisão deve ocorrer a cada 21 dias, com o primeiro prazo sendo, portanto, apenas em 16 de abril, como lembra o Daily Mail

À BBC, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, alertou que a redução das restrições pode estar muito distante. “Acho que não estamos nem perto de retirar o bloqueio”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.