Valor de mercado de jogadores desvaloriza durante a pandemia

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Manchester City's Belgian midfielder Kevin De Bruyne (C) runs for the ball as Manchester City's Argentinian striker Sergio Aguero (R) supports and Chelsea's Brazilian midfielder Willian (L) pressures during the English League Cup final football match between Manchester City and Chelsea at Wembley stadium in north London on February 24, 2019. (Photo by Adrian DENNIS / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE. No use with unauthorized audio, video, data, fixture lists, club/league logos or 'live' services. Online in-match use limited to 75 images, no video emulation. No use in betting, games or single club/league/player publications. /

A pandemia do novo coronavírus fez com que o valor de mercado dos jogadores de futebol desvalorizasse, no geral, 20%. Apenas jogadores nascidos de 1998 em diante tiveram uma redução menos acentuada, porém relevante, de 10% de seus valores estabelecidos no período anterior à disseminação global da doença. Isso é o que aponta o site Transfermarkt, especializado em negócios do futebol. Ao todo, a desvalorização supera 9 bilhões de euros (R$ 51 bilhões).

“O mercado entrou em colapso, muitos clubes podem estar ameaçados de insolvência e os planos de transferência foram suspensos devido às muitas incertezas que existem na maioria das equipes. É dificilmente concebível que os preços de transferência continuem a subir no futuro como nos últimos anos”, explicou o fundador da página, Matthias Seidel.

A exemplo da desvalorização, o atacante Everton Cebolinha, do Grêmio, nascido em 1996, considerado pela plataforma o jogador mais caro do futebol brasileiro, teve seu valor de mercado reduzido de 35 milhões de euros (R$ 198 milhões) para 28 milhões de euros (R$ 158 milhões).

Em contrapartida, como apontado pelo site, o jogador do Palmeiras Gabriel Veron, nascido em 2002, teve seu valor de mercado reduzido de 25 milhões de euros (R$ 141 milhões) para 22,5 milhões de euros (R$ 127 milhões). Uma queda menos acentuada comparada com a de Everton.

“Uma avaliação individual dos valores de mercado no âmbito de atualizações regulares e a ajuda de nossos gestores de valor de mercado ainda é necessária e ocorrerá novamente o mais rápido possível, porque nem todos os jogadores devem experimentar a mesma perda de valor devido à crise”, disse Seidel, que prosseguiu: “A atual redução geral no valor de mercado é uma reação à essa situação extraordinária, na qual não se pode descartar que dentro de poucas semanas outro ajuste tenha de ser feito”.

Na última terça-feira, a Fifa recomendou a prorrogação de contratos dos jogadores que teriam encerramento junto ao final da temporada regular europeia, em junho. A entidade máxima do futebol, também afirmou que o período de janelas de transferências poderá ser prorrogado. Elas aconteceriam entre o mês de julho e agosto. As recomendações foram elaboradas para amenizar os efeitos colaterais desencadeados pela interrupção do futebol no mundo.