Com a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19, os bancos reforçaram provisões para o caso de calote dos clientes, o que ajudou a reduzir o lucro no primeiro trimestre deste ano.
Entre os maiores bancos do país que já divulgaram o resultado do primeiro trimestre está o Banco do Brasil (BB) que registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2019.
“No primeiro trimestre, considerando o contexto adverso associado aos potenciais impactos negativos na economia decorrentes da pandemia da covid-19, em uma ação preventiva, o BB realizou, prudencialmente, reforço das provisões em R$ 2 bilhões”, disse o banco. No total, as provisões do BB chegaram a R$ 5,539 bilhões, aumento de 63,3% em relação a igual período de 2019.
No caso do Itaú, o lucro líquido ficou em R$ 3,401 bilhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 49,3% na comparação com o mesmo período de 2019. O banco privado anunciou reforço na provisão “em função da alteração das perspectivas macroeconômicas a partir da segunda quinzena de março de 2020”.
No total, a despesa com provisão para os créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 10,398 bilhões, um aumento de 147,2% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
No resultado do Bradesco, o banco informou que fez “provisão complementar para cenário econômico adverso de R$ 5,1 bilhões”. No total, as despesas do banco com provisões somaram de R$ 6,7 bilhões, alta de 86,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O lucro líquido do Bradesco chegou a R$ 3,382 bilhões, recuo de 41,9% em relação a igual período de 2019.
O Bradesco avaliou que “o cenário econômico adverso poderá resultar no aumento do nível de inadimplência, como reflexo da falência de empresas, aumento no índice de desemprego, bem como a degradação do valor das garantias”.
Já o Santander não anunciou reforço das provisões devido à covid-19. No primeiro trimestre, o lucro líquido do banco chegou a R$ 3,774 bilhões, com crescimento de 10,5%. As despesas de provisão somaram R$ 3,936 bilhões no primeiro trimestre, alta de 18,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Edição: Bruna Saniele