O Campeonato Gaúcho deverá ser o “laboratório” para a retomada das competições no futebol nacional, paralisadas em função da pandemia do coronavírus. A avaliação é do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan. Até por isso, será preciso acertar todos os detalhes antes da volta aos gramados.
O Grêmio e o Internacional retomaram os treinamentos, ainda que cheio de restrições na semana passada. Já na última quarta, em reunião, todos os participantes do Estadual acertaram a possibilidade de o campeonato recomeçar na segunda metade de julho, embora tudo vá depender do aval das autoridades.
“O Gaúcho talvez seja o laboratório de todos os regionais, porque está muito mais adiantado. E vai ser uma experiência importantíssima a ser feita. Pela primeira vez no país se farão os jogos com monitoramento. Acho que temos uma situação bastante importante, de muita responsabilidade. Dar demonstração de que se pode fazer futebol seguro”, disse Bolzan em entrevista à Grêmio TV, o canal de vídeos do clube no YouTube.
O dirigente apontou, porém, que ainda há muito a definir para que seja possível recomeçar o Gaúcho, incluindo o local de realização dos jogos. Nesse caso, a orientação das autoridades sanitárias será fundamental diante da possibilidade de restringir os trabalhos.
“Está clara a ideia de que se não for amenizado os focos, se possa fazer uma ou duas praças. Tem que ter o financiamento de transporte dos clubes. Se a FGF tiver suporte, seria fantástico. A outra alternativa é que os ambientes do RS possam nos dar conforto e jogar nas praças nas quais são os jogos. Se tiver segurança em locomoção, logística, habitação principalmente. Mas o tempo vai dizer. Está no cenário de todo mundo jogar em praças reduzidas para concluir o campeonato”, afirmou.
Bolzan esteve no CT do Grêmio nesta sexta, onde o elenco deu sequência aos trabalhos. Após fazer treino com bola na quinta-feira, a atividade desta sexta foi bem mais leve, voltada para o condicionamento físico.
Os atletas fizeram corridas em volta dos dois campos, em duplas, mas com o devido distanciamento social. Foram cinco trabalhos de quatro minutos, fracionados. A exceção foram os goleiros, que realizaram um trabalho técnico, aliado a um treinamento de força e velocidade, com bola.
Por Estadão