O número de novos casos de coronavírus confirmados no Peru nessa terça-feira (5) aumentou para mais de 50 mil, mostrando as dificuldades enfrentadas pelo país na luta para tentar conter a propagação do vírus. O número de infectados ainda não atingiu o pico.
O Peru foi um dos primeiros países latino-americanos a implementar medidas de isolamento quando o coronavírus foi detectado, mas os casos dobraram nos últimos dez dias. O Peru está atrás apenas do Brasil em número de contágios na região.
Surtos significativos têm sido descobertos nos mercados de alimentos, nas minas, nas prisões, entre comunidades desabrigadas e forças policiais, indicando o cumprimento irregular das medidas de isolamento social determinadas pelo governo.
A falta de equipamentos de proteção tem provocado protestos nos hospitais, enquanto a pobreza tem complicado os esforços para convencer as pessoas a ficarem em casa.
O presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou nessa terça-feira que o número total de infectados era de quase 51,2 mil, 3.817 a mais que no dia anterior, enquanto mais 100 mortes elevaram o total para 1.444.
O Peru registrou o primeiro caso de coronavírus em 6 de março e, em 25 dias, atingiu 1.000 infecções. O país levou apenas mais 14 dias para chegar a 10.000, de acordo com uma contagem da Reuters. A primeira morte pela covid-19 ocorreu em 19 de março, e, um mês depois, o número subiu para 348, quadruplicando novamente duas semanas depois.
Ciro Maguiña, especialista em doenças infecciosas e vice-reitor da Faculdade de Medicina do Peru, disse que o pior estágio do surto ainda está por vir.
*Agência britânica de notícias
Agencia Brasil de Comunicação