O dólar opera em baixa no mercado doméstico na manhã desta sexta-feira, em linha com a queda predominante no exterior e diante de uma realização de ganhos, após a moeda ter fechado ontem no recorde nominal, a R$ 5,8409 no mercado à vista. Lá fora, a redução de posições cambiais ocorre em meio ao alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Os investidores monitoram ainda a queda das taxas de juros, na esteira da deflação de 0,31% do IPCA em abril, ante alta de 0,07% em março. O tombo do indicador no mês passado é maior que a mediana esperada pelo Projeções Broadcast (-0,25%) e dentro do intervalo (de -0,12% a -0,47%).
Os ajustes por enquanto são moderados, com investidores à espera do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos em abril. O documento deve mostrar eliminação de 21 milhões de empregos e um salto na taxa de desemprego de 4,4% para 15%, refletindo impacto severo da pandemia do coronavírus na economia, segundo as medianas das estimativas do Projeções Broadcast. Está no radar ainda o conturbado cenário político local, que pode exercer alguma pressão mais tarde em meio à chegada do fim de semana.
Mais cedo, o IGP-DI de abril mostrou alta de 0,05%, com forte desaceleração ante o avanço de 1,64% em março, ficando abaixo do piso das estimativas (+0,08% a 0,76%). Já o IPC-S teve deflação de 0,34%, de -0,18% em abril.
Às 9h26 desta sexta-feira, o dólar à vista caía 1,30%, a R$ 5,7651. O dólar para junho recuava 1,21%, a R$ 5,7755 (-0,90%).