As mesas de operação já começaram a sexta-feira na expectativa pela decisão sobre o vídeo e o volume de negócios ficou abaixo da média pela manhã. Declarações do diretor do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk, de que a instituição está “muito bem preparado” para corrigir distorções no mercado de câmbio, principalmente pelo nível das reservas internacionais, ajudaram a retirar pressão no câmbio, ecoando o que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, havia dito na noite de quarta-feira. Nesta sexta, o dólar à vista fechou praticamente estável (-0,04%), a R$ 5,5797. O dólar para junho caia 0,34%, a R$ 5,5370 às 17h35.
Os estrategistas em Nova York do Citi avaliam que o vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Sergio Moro potencialmente cria elementos para um processo de impeachment de Bolsonaro, por isso a expectativa. Sobre o clima mais ameno entre Bolsonaro, o Congresso e os governadores podem não durar muito, considerando a rápida disseminação do coronavírus no País
No exterior, o clima também foi de cautela, após a China apresentar a controversa Lei de Segurança Nacional para Hong Kong, na abertura do Congresso Nacional do Povo. Washington se posicionou contra e o dólar se fortaleceu.
“A China confrontou Trump com a decisão de Hong Kong e levou os investidores a buscarem segurança no dólar”, afirma o analista de moedas do Western Union, banco especializado em transferências internacionais, Joe Manimbo. O índice DXY, que mede o moeda americana ante divisas fortes, operou o dia todo em alta e chegou perto do nível de 100 pontos. Nos emergentes, o dólar subiu ante a maioria, com uma das poucas exceções ficando com o México, onde caiu 0,47% hoje.