F-1 cogita correr neste ano em circuitos que não estavam no calendário

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Diante dos prejuízos causados pela pandemia no calendário de 2020, a direção da Fórmula 1 planeja possíveis alternativas para poder iniciar o campeonato deste ano e cogita até correr em circuitos que não estavam inicialmente no calendário da temporada. O tradicional traçado de Hockenheim, na Alemanha, seria uma das opções mais interessantes para a categoria.

“Estamos em discussão com todos os promotores das provas assim como estamos conversando com responsáveis por pistas que não estão atualmente no nosso calendário para que possamos explorar todas as opções”, disse o norte-americano Chase Carey, CEO da F-1, nesta quinta-feira.

Circuito tradicional da F-1, Hockenheim desponta como possibilidade para este ano porque a Alemanha vem sendo um dos países europeus com melhor resultado no combate ao coronavírus. O país vem flexibilizando a quarentena e o isolamento social e até já marcou o reinício do Campeonato Alemão, para o dia 16 deste mês – com os portões fechados.

Nestas circunstâncias, o traçado alemão poderia oferecer maior segurança para pilotos, equipes e até para os fãs em eventual corrida neste ano. Outras opções são os circuitos de Imola e Portimão, na Itália e em Portugal, respectivamente.

Carey não revelou detalhes sobre as possíveis negociações com estes traçados. Nem indicou quais circuitos poderiam deixar o calendário deste ano para acomodar estas provas.

Na mesma entrevista coletiva virtual, o principal dirigente da F-1 reafirmou confiança de que a temporada 2020 será realizada neste ano. O planejamento da categoria é de realizar entre 15 e 18 corridas, a partir de julho, com o GP da Áustria. O calendário inicial prevista um recorde de 22 provas.

Até agora, dez corridas foram suspensas ou canceladas na temporada, que ainda não começou. Carey admitiu que o campeonato deve se estender até a metade de dezembro e pode invadir até o mês de janeiro de 2021. “Contemplamos depois correr na Ásia e no continente americano em setembro, outubro e novembro, antes de terminar no Golfo, em Bahrein e Abu Dabi, em dezembro.”

No mesmo evento, o norte-americano revelou os números da categoria neste ano. A Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F-1, teve receita de US$ 39 milhões (cerca de R$ 219 milhões) no primeiro trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado, o valor foi de US$ 246 milhões (R$ 1,3 bilhão).